Mundo
Nova pesquisa Atlas monitora a popularidade de 6 presidentes da América Latina; Lula é o 2º colocado
O levantamento traz Cláudia Sheinbaum, do México, na liderança; Dina Boluarte, do Peru, tem o pior desempenho


A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, é a líder da América Latina com o maior índice de aprovação, segundo o instituto AtlasIntel. A pesquisa monitora os índices de popularidade de presidentes de seis países da região: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.
Segundo o levantamento, Sheinbaum aparece com 62% de aprovação e 33% de desaprovação. Seu governo é considerado “bom ou ótimo” por quase metade da população e “ruim ou péssimo” por apenas 25%.
Claudia Sheinbaum toma posse como presidenta do México, em 1º de outubro de 2024. Foto: Alfredo Estrella/AFP
O presidente Lula (PT), do Brasil, é quem mais se aproxima da mexicana. Ele tem 50% de aprovação e 50% de desaprovação, de acordo com o instituto. Os índices do brasileiro são melhores do que os registrados na pesquisa anterior. No quesito avaliação, o petista tem 47% de índice “bom ou ótimo” e 48% de marcações “ruim ou péssimo”.
Na pior colocação do ranking, quem aparece é Dina Boluarte, do Peru. Apenas 2% consideram seu governo “bom ou ótimo” e 81% marcam a opção “ruim ou péssimo”. A aprovação de Boluarte é de apenas 7% e a desaprovação soma 90%.
Demais países
Na Argentina, Javier Milei registra 45% de aprovação e 48% de desaprovação, em meio a um cenário de forte ajuste econômico.
Já no Chile, Gabriel Boric soma 39% de aprovação contra 59% de rejeição, enfrentando pressões políticas internas.
Na Colômbia, por fim, o presidente Gustavo Petro apresenta apenas 30% de aprovação, enquanto 66% desaprovam sua gestão.
O levantamento mostra uma disputa equilibrada pelo apoio popular na região. Enquanto Lula recupera terreno e volta a disputar a liderança no ranking de aprovação, Milei, Boric, Petro e Boluarte enfrentam crescentes desafios internos. Sheinbaum, por sua vez, desponta como exceção, com índices que a colocam isolada no topo do cenário latino-americano.
As pesquisas foi feita em parceria com a Bloomberg e tem a mesma metodologia (AtlasRDR) em todos os países. O volume de entrevistados e a margem de erro, porém, é distinta em cada levantamento.
No caso do Brasil, a sondagem foi feita entre 25 e 28 de julho de 2025, com 7.334 entrevistados. A margem de erro é de 1 ponto percentual. Na Argentina, o levantamento ocorreu no mesmo período, mas com 4.080 participantes e margem de erro de dois pontos percentuais. O mesmo intervalo foi adotado em Colômbia (4.528 pessoas, 1 p.p.), México (4.310, 2 p.p.) e Peru (3.121, 2 p.p.). A única exceção é o Chile, onde a coleta aconteceu alguns dias antes, entre 21 e 24 de julho, com uma amostra de 2.103 entrevistados e margem de erro de 2 pontos percentuais.
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