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O que se sabe sobre a morte do adolescente que comeu um bolinho envenenado na Grande SP

Lucas da Silva, de 19 anos, morreu no último domingo; o padrasto dele é o principal suspeito

O que se sabe sobre a morte do adolescente que comeu um bolinho envenenado na Grande SP
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Foto: Reprodução
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A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte de Lucas da Silva, de 19 anos, que ficou internado por mais de uma semana depois de comer um bolinho de mandioca supostamente envenenado. O principal suspeito é o padrasto de Lucas, Ademilson Ferreira dos Santos.

Santos está preso preventivamente desde o último dia 16 e agora responde por homicídio triplamente qualificado. Segundo a mãe de Lucas, Santos ofereceu os produtos aos familiares no último dia 11 – Lucas estaria no quarto quando recebeu o lanche das mãos do padrasto.

As investigações apontam que outros integrantes da família comeram o bolinho, incluindo o próprio Santos, mas Lucas foi quem sentiu os sintomas mais intensos. O rapaz foi internado no próprio dia 11, após ser atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento, e as condições de saúde se deterioraram até a morte no último dia 20.

Inicialmente, a principal suspeita era uma tia de Lucas, que teria preparado os bolinhos entregues à família. Mais tarde, porém, as investigações indicaram que o padrasto encomendou e, após a entrega, manipulou os alimentos.

A delegada responsável pelo caso, Liliane Lopes Doretto, revelou que o padrasto confessou o crime durante os interrogatórios. Ele teria dito, segundo a polícia, que colocou “chumbinho”, uma espécie de raticida, antes de distribuir os alimentos aos familiares.

Segundo as investigações, que estão em fase final, a motivação do homicídio estaria relacionada a um comportamento possessivo e ciumento por parte de Ademilson. A polícia também apura denúncias de que o suspeito cometia abusos sexuais contra os enteados.

Outros casos

O episódio chama atenção pela semelhança com outros casos registrados no país nos últimos meses. Em abril deste ano, uma menina morreu no Maranhão depois de comer um ovo de páscoa envenenado.

Antes, nas comemorações do Ano Novo, uma família foi envenenada no Piauí depois de comer baião de dois. Quatro pessoas morreram – uma mulher de 32 anos, um jovem de 18 e duas crianças, com três e dois anos.

Outro episódio foi registrado durante as celebrações do Natal de 2024. Três pessoas da mesma família morreram no Rio Grande do Sul após comerem um bolo envenenado com arsênio. A suspeita pelo envenenamento morreu semanas depois na prisão.

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