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Reino Unido prende dezenas de apoiadores do grupo proibido Palestine Action

O Parlamento britânico aprovou a proibição do movimento e sua classificação como organização terrorista

Reino Unido prende dezenas de apoiadores do grupo proibido Palestine Action
Reino Unido prende dezenas de apoiadores do grupo proibido Palestine Action
Manifestante presa em ato a favor do Palestine Action, em Londres, em 19 de julho de 2025. Foto: Carlos Jasso/AFP
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Dezenas de simpatizantes do Palestine Action foram presos neste sábado 19 no Reino Unido durante manifestações de apoio ao grupo pró-palestino, proibido no início de julho e classificado como “organização terrorista”, segundo a polícia britânica e os organizadores dos protestos.

Cerca de 55 pessoas foram detidas na Parliament Square, no bairro de Westminster, em Londres, por exibirem “faixas em apoio ao Palestine Action, grupo atualmente proibido”, informou a polícia da capital pela rede X.

De acordo com o movimento Defend Our Juries, que também organizou protestos em Edimburgo, Bristol e Manchester, “cerca de 100 pessoas foram presas no Reino Unido” neste sábado, o que eleva o total de detenções para “cerca de 200” desde que o Palestine Action foi proibido.

Em Londres, dezenas de manifestantes escreveram à mão em cartazes brancos: “Me oponho ao genocídio, apoio o Palestine Action”.

“A liberdade de expressão morreu neste país, que vergonha a polícia metropolitana [de Londres]”, disse um homem ao ser detido.

“O governo britânico é cúmplice do genocídio israelense contra os palestinos. Está tentando silenciar quem denuncia essa cumplicidade”, acusou o grupo Defend Our Juries na rede X.

O Parlamento britânico aprovou, no início de julho, a proibição do Palestine Action e sua classificação como organização terrorista. A decisão do governo foi anunciada dias após ativistas entrarem em uma base da Força Aérea na Inglaterra e jogarem tinta vermelha em dois aviões militares. Quatro pessoas foram indiciadas e seguem detidas preventivamente.

A Alta Corte de Londres recusou suspender a medida, com base na Lei Antiterrorismo de 2000. Especialistas das Nações Unidas criticaram a decisão, argumentando que “danos materiais isolados, sem risco à vida humana, não são suficientemente graves para serem considerados terrorismo”.

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