Do Micro Ao Macro
Self-checkout se populariza no varejo e oferece 5 vantagens competitivas para os lojistas
Autonomia, redução de custos e integração digital fazem do autoatendimento uma escolha estratégica para negócios de todos os tamanhos


O autoatendimento deixou de ser exclusividade de grandes redes. Hoje, já é uma solução acessível a diversos formatos de varejo.
Relatórios da Grand View Research e Global Market Insight projetam crescimento global acelerado. A expectativa é que o mercado de self-checkout ultrapasse US$ 10 bilhões até 2030.
No Brasil, a aceitação já é forte. Segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), sete em cada dez consumidores preferem concluir compras sem passar por atendentes.
A demanda por agilidade, praticidade e menor contato físico impulsionou a adoção, especialmente após a pandemia.
O comportamento do consumidor mudou
Para Eduardo Córdova, CEO da market4u, o consumidor atual busca autonomia. Ele quer comprar no próprio tempo, com liberdade e segurança.
A market4u opera uma rede de mercados autônomos em condomínios residenciais e comerciais. A empresa é referência no uso do autoatendimento como estratégia de experiência e fidelização.
Com base em sua atuação, Córdova lista cinco motivos para adotar o self-checkout agora.
1. Menos filas, mais fluidez
O autoatendimento reduz o tempo de espera, eliminando um dos principais pontos de atrito da jornada de compra.
Segundo o CEO, filas comprometem a percepção de conveniência do ponto de venda. “Quando eliminamos esse gargalo, a experiência melhora imediatamente”, afirma.
2. Redução de custos operacionais
O self-checkout não substitui pessoas, mas permite redirecionar o time para tarefas mais estratégicas.
Córdova explica que a tecnologia libera recursos. Assim, a equipe pode focar em relacionamento, atendimento ativo ou reposição de produtos.
3. Mais autonomia e fidelização
Clientes que controlam toda a jornada de compra se sentem mais confiantes e satisfeitos.
Essa autonomia fortalece o vínculo com a marca. “Liberdade gera confiança. E confiança gera retorno e indicação”, afirma o executivo.
4. Segurança reforçada
A tecnologia embarcada protege tanto o lojista quanto o cliente.
Com monitoramento remoto e sistemas antifraude, o processo é controlado e transparente, sem gerar burocracia.
5. Integração digital e expansão de canais
O self-checkout pode ser o primeiro passo para estratégias omnichannel.
Na market4u, por exemplo, o app integra pagamento, promoções, carteira digital e até rede social interna de condomínio.
O resultado é uma experiência conectada, que vai além da venda.
Um novo padrão de consumo
Para Eduardo Córdova, o autoatendimento responde a uma demanda que já não é tendência, mas realidade.
“Autonomia e praticidade não são mais diferenciais. São expectativas. E quem não oferece isso, perde espaço”, conclui.
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