Economia

‘Congresso da Mamata’: Como a crise do IOF impulsionou críticas ao Legislativo nas redes

Nas últimas 24 horas, o termo ‘Agora é a Vez do Povo’ ficou em primeiro lugar no X, segundo levantamento

‘Congresso da Mamata’: Como a crise do IOF impulsionou críticas ao Legislativo nas redes
‘Congresso da Mamata’: Como a crise do IOF impulsionou críticas ao Legislativo nas redes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (c) reunido com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (d), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (e) Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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O impasse entre o Congresso Nacional e o governo Lula (PT) em torno do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF, impulsionou reações nas redes sociais contrárias ao Legislativo, cuja cúpula entrou na mira de hashtags ácidas como “Hugo Motta traidor”. O movimento consta de um relatório divulgado nesta quinta-feira 3 pela Nexus, empresa de pesquisa e inteligência de dados.

Em meio à guerra do IOF, usuários também começaram a pautar nas redes a discussão de temas como a taxação de grandes fortunas, o aumento no número de deputados, o fim da jornada de trabalho 6×1 e os gastos dos parlamentares. As publicações turbinaram hashtags como “Ricos paguem a conta’ e “Congresso Inimigo do Povo” no X.

Após se confirmar a derrubada dos decretos do IOF pelo Parlamento, a rede de Elon Musk passou a ser inundada com termos como “Congresso da Mamata” e “Hugo Motta Traidor”. Com a decisão do governo federal de recorrer ao Supremo Tribunal Federal para validar os decretos, internautas impulsionaram chamadas como “Agora é a Vez do Povo”, aliadas a novas críticas ao presidente da Câmara com a tag “Hugo não se importa”.

Nas últimas 24 horas, “Agora é a Vez do Povo” se manteve em primeiro lugar no X, com 1,5 milhão de citações, segundo a Nexus. Na terceira colocação aparece “Congresso da Mamata”.

Uma análise amostral de 976 mil publicações que mencionam ao menos um dos termos, retirada de três redes sociais, indica que 95% dos discursos estão concentrados no X, enquanto o Facebook fica com 4% e o Instagram, com 1%. Na plataforma de Musk, as postagens já ultrapassam 2,13 milhões de curtidas e 43,8 milhões de impressões.

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