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‘Desejei toda a força para seguir lutando’, diz Lula após visita a Cristina na Argentina
O encontro em Buenos Aires só foi possível após autorização judicial
O presidente Lula (PT) visitou, nesta quinta-feira 3, a ex-presidenta da Argentina Cristina Kirchner, a quem desejou “força para seguir lutando”. Ela cumpre pena de prisão domiciliar em seu apartamento em Buenos Aires.
A visita ocorreu ao fim da participação do petista na cúpula do Mercosul.
“Visitei hoje a companheira e ex-presidenta Cristina Kirchner […] Fiquei muito feliz em revê-la e encontrá-la tão bem, com força e gana de luta”, publicou o presidente nas redes sociais.
“Além de prestar minha solidariedade a ela por tudo que tem vivido, desejei toda a força para seguir lutando com a mesma firmeza que tem sido a marca de sua trajetória na vida e na política.”
Kirchner disse, por sua vez, que a visita de Lula “foi mais que um gesto pessoal: foi um ato político de solidariedade”. Ela lembrou que o presidente também esteve preso e que “tentaram calá-lo”, mas ele “voltou com o voto do povo brasileiro”.
Duas vezes presidenta da Argentina (2007-2015) e uma vez vice-presidenta (2019-2023), Cristina lidera o Partido Justicialista e é a principal opositora ao governo do presidente ultraliberal Javier Milei.
Lula entrou na casa da líder peronista, no bairro de Constitución, em meio a dezenas de pessoas que o aguardavam. Quase uma hora depois, saiu sem conceder declarações.
“São os expoentes da justiça social. Vim para apoiar”, disse à AFP no local Martín Greaves, um desempregado de 32 anos. “É forte e triste, mas dá esperança ver que Lula não a deixou de lado, não se esqueceu dela.”
Cristina foi condenada a seis anos de prisão domiciliar por suposta gestão fraudulenta de contratos de obras públicas na província de Santa Cruz. Ela nega as acusações e afirma se tratar de uma perseguição.
Por cumprir prisão domiciliar, ela tem de pedir autorização judicial para receber visitas que não estejam em uma lista prévia apresentada pela defesa, composta por familiares, advogados, médicos e seguranças. O juiz Jorge Gorini deu o aval para o encontro entre a ex-presidenta e Lula.
(Com informações da AFP)
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