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3 aprendizados que toda empresa deve conhecer antes de tentar inovar

Especialista apresenta orientações sobre como grandes companhias podem estruturar estratégias eficazes com startups

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Estratégia tem mais peso do que orçamento na inovação

Segundo o relatório Open Innovation 2023, mais de 80% das empresas brasileiras já incorporaram a inovação aberta à estratégia corporativa. O principal objetivo é ampliar o portfólio e acelerar o desenvolvimento de novos produtos.

Com base em experiências com 20 das empresas mais inovadoras do país, o livro Simbiose Corporativa apresenta três aprendizados relevantes para companhias que desejam criar um modelo consistente de inovação. A obra é assinada pelos especialistas Maximiliano Carlomagno e Felipe Ost Scherer, fundadores da consultoria Innoscience.

No primeiro ponto, os autores alertam que aumentar o orçamento não garante maior capacidade de inovação. Para Carlomagno, a vantagem competitiva depende da forma como a empresa estrutura sua estratégia. “Antes de escolher ferramentas ou modelos, é preciso ter um diagnóstico claro. Inovação começa pela definição de prioridades”, afirma.

Essa orientação vale para negócios de diferentes setores. De acordo com os autores, não é o setor que define o potencial inovador, mas a clareza da estratégia e o alinhamento da liderança.

Riscos precisam ser considerados desde o início

A colaboração com startups tem se tornado comum entre grandes empresas. Modelos como corporate venture capital e programas de parcerias ajudam a acelerar soluções, validar produtos e alcançar novos mercados.

Apesar dos benefícios, é importante mapear os riscos desde o início. O tempo de implantação, as barreiras culturais e os desafios de coordenação podem comprometer o valor gerado por essas parcerias.

“Reconhecer esses fatores é fundamental para que as parcerias não sejam apenas uma vitrine, mas tragam resultados concretos para os dois lados”, explica Scherer.

Tempo é um recurso escasso para startups

Um dos principais alertas do livro é a necessidade de respeitar o tempo das startups. Essas empresas operam em ritmo de descoberta e precisam manter o foco em iniciativas que sejam relevantes para seu estágio de crescimento.

Para Carlomagno, a inovação aberta só funciona quando há empatia com o modo de operação das startups. Isso exige processos bem definidos e uma mudança na forma como grandes empresas enxergam esse tipo de parceria.

“Nosso papel é justamente construir essa ponte. Atuamos para que os dois lados compreendam os diferentes ritmos e objetivos”, afirma o autor.

Inovação precisa estar conectada à geração de valor

A obra reúne experiências da consultoria com empresas como Nestlé, Ambev, Boston Scientific, Roche, Hypera Pharma e SLC Agrícola. Segundo os autores, muitas iniciativas de inovação ainda são tratadas como projetos pontuais ou ações de marketing.

A proposta do livro é mostrar que a inovação pode gerar valor real para a companhia e para o ecossistema. Para isso, é necessário planejamento, consistência e disposição para aprender com o processo.

“Queremos demonstrar que é possível ir além das iniciativas isoladas e construir resultados que façam sentido para todas as partes envolvidas”, conclui Scherer.

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