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Juliana Marins, brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia, é encontrada morta

A informação de que ela foi encontrada sem vida pela equipe de resgate foi confirmada por familiares da publicitária

Juliana Marins, brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia, é encontrada morta
Juliana Marins, brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia, é encontrada morta
Foto: Arquivo pessoal
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A turista brasileira Juliana Marins foi encontrada sem vida, nesta terça-feira 24, pelas equipes de salvamento da Indonésia. A informação foi confirmada pela família da publicitária nas redes sociais.

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu”, diz um post publicado em um perfil dedicado ao caso.

O corpo da vítima, que ainda não foi resgatado do local, foi localizado por uma das equipes que desceu pela encosta da região conhecida como Cemara Nunggal, entre 2.600 e 3.000 metros de altitude.

Em coletiva de imprensa, a defesa civil da Indonésia afirmou que o corpo de Juliana será içado do Monte Rinjani às 6h da quarta-feira 25 pelo horário local (19h no horário de Brasília). Segundo as autoridades, o resgate será feito somente às 6h no horário local devido ao clima desfavorável e à visibilidade muito limitada. O corpo será levado ao posto de Sembalun em uma maca. Em seguida, será levado em uma aeronave até o hospital Bayangkara.

Entenda o caso

A publicitária foi localizada quatro dias após sofrer um acidente em uma trilha que levaria ao vulcão Rinjani, o segundo mais alto da Indonésia. Ela caiu durante o percurso, por volta das 5 da manhã do sábado 21, horário local da Indonésia. A brasileira ficou exposta ao mau tempo, sem água e comida ao longo de todo o período.

Nesses quatro dias, as tentativas de resgate da vítima foram suspensas algumas vezes pelas más condições meteorológicas e também devido ao terreno local, de pedra vulcânica, arenoso e escorregadio. As equipes também tentaram utilizar helicópteros para o salvamento, que foi impossibilitado pelo acúmulo de névoa no local. Desde o dia do acidente, as equipes não conseguiram ter um contato direto com a vítima. A causa da morte de Juliana ainda será determinada pelas autoridades locais.

Na segunda-feira 23, o Parque Nacional Gunung Rinjani chegou a divulgar informações de que a turista brasileira foi monitorada com a ajuda de um drone, a cerca de 500 metros da trilha original, ‘visualmente imóvel’. Na retomada dos trabalhos, nesta terça, Juliana estava ainda mais abaixo, a cerca de 650 metros da trilha.

Em nota, o Itamaraty lamentou a morte da jovem. “O governo brasileiro transmite suas condolências aos familiares e amigos da turista brasileira pela imensa perda nesse trágico acidente”, diz, um trecho do comunicado.

O presidente Lula (PT) também manifestou pesar pelo desfecho do caso. “Recebi com muita tristeza a notícia da morte de Juliana Marins após queda durante trilha no vulcão Rinjani. Nossos serviços diplomáticos e consulares na Indonésia seguirão prestando todo o apoio à sua família neste momento de tanta dor. E quero expressar a minha solidariedade à sua família – solidariedade que, tenho certeza, também é de todo o povo brasileiro. Que Deus conforte seus corações”, registrou, nas redes sociais.

Natural de Natural de Niterói (RJ), Juliana fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia. A publicitária registrou vários momentos de seu mochilão em seu perfil nas redes sociais. “Fazer uma viagem longa sozinha significa que o sentir vai sempre ser mais intenso e imprevisível do que a gente tá acostumado. e tá tudo bem. nunca me senti tão viva”, registrou, em publicação feita no dia 29 de maio.

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