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EUA entram na guerra com o Irã e atacam 3 instalações nucleares, anuncia Trump

O bombardeio, segundo o magnata, atingiu a usina subterrânea de enriquecimento de urânio em Fordow

EUA entram na guerra com o Irã e atacam 3 instalações nucleares, anuncia Trump
EUA entram na guerra com o Irã e atacam 3 instalações nucleares, anuncia Trump
Imagem de satélite das instalações nucleares de Natanz, no Irã, antes de ataques. Foto: Stephen A. Wood/Satellite image ©2021 Maxar Technologies/AFP
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O presidente Donald Trump afirmou que os ataques aéreos dos Estados Unidos neste domingo 22 (noite do sábado 21 no Brasil) “destruíram completa e totalmente” as principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã e alertou sobre novos ataques caso Teerã não busque a paz.

Em um pronunciamento à nação, direto da Casa Branca, após os Estados Unidos se juntarem à campanha aérea de Israel contra Teerã, Trump chamou os ataques americanos de um “sucesso militar espetacular”.

O presidente já havia chocado o mundo ao anunciar nas redes sociais que aeronaves americanas haviam atingido a usina de enriquecimento nuclear iraniana de Fordow, além das instalações de Natanz e Isfahan.

O novo envolvimento militar dos EUA ocorre apesar das promessas de Trump de evitar outra “guerra eterna” no Oriente Médio — o Irã prometeu retaliar contra as forças americanas na região caso Washington se envolvesse no conflito.

“As principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completa e totalmente destruídas. O Irã, o tirano do Oriente Médio, deve buscar a paz agora”, disse Trump.

“Se não o fizer, os ataques futuros serão muito maiores e muito mais fáceis”, acrescentou Trump, que estava acompanhado pelo vice-presidente J.D. Vance, pelo secretário da Defesa, Pete Hegseth, e pelo secretário de Estado, Marco Rubio, em seu discurso à nação americana.

Trump havia dito anteriormente em sua rede Truth Social que uma “carga completa de BOMBAS” foi lançada sobre a instalação subterrânea de Fordo, descrevendo-a como o “local principal”.

Trump acrescentou que “todos os aviões estão a caminho de casa em segurança. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos”.

‘Aviso’

Mais cedo no sábado, houve relatos de que bombardeiros B-2 americanos — que carregam as chamadas bombas “destruidoras de bunkers — estavam partindo dos Estados Unidos através do Pacífico.

Trump não especificou que tipo de aviões ou munições americanas estavam envolvidos no ataque.

A mídia iraniana confirmou que parte da usina de Fordow, assim como as instalações nucleares de Isfahan e Natanz, foram atacadas.

Trump conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após os ataques. Os Estados Unidos também “avisaram” Israel, seu principal aliado, antes dos bombardeios, disse um funcionário de alto escalão da Casa Branca à AFP.

Netanyahu parabenizou Trump pelos ataques, dizendo que “os Estados Unidos têm sido realmente inigualáveis”.

Trump havia dito na quinta-feira que decidiria “dentro de duas semanas” se ele se juntaria à campanha de Israel — mas a decisão veio muito antes.

O presidente dos EUA também intensificou sua retórica contra o Irã nos últimos dias, repetindo sua alegação de que o país jamais poderia ter uma arma nuclear.

Israel e Irã têm trocado várias ondas de ataques devastadores desde que Israel lançou sua campanha aérea em 13 de junho, ao alegar que Teerã estava prestes a desenvolver uma arma nuclear.

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, havia alertado no sábado sobre uma retaliação “mais devastadora” caso a campanha de bombardeios israelense de nove dias continuasse, e afirmou que a República islâmica não interromperia seu programa nuclear “sob nenhuma circunstância”.

No sábado, Israel afirmou ter atacado Isfahan pela segunda vez, e o órgão de vigilância nuclear da ONU relatou que uma fábrica de centrífugas foi atingida.

A Guarda Revolucionária do Irã anunciou neste domingo que “drones suicidas” haviam sido lançados contra “alvos estratégicos” em Israel.

O Irã nega estar buscando uma bomba atômica e, no sábado, Pezeshkian disse que seu direito de prosseguir com um programa nuclear civil “não pode ser retirado por ameaças ou guerra”.

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