Do Micro Ao Macro

Inteligência artificial acelera marketing e vendas, mas conexão humana segue decisiva

Especialistas destacam que tecnologia impulsiona produtividade, mas a execução e a empatia continuam determinantes para o resultado

Inteligência artificial acelera marketing e vendas, mas conexão humana segue decisiva
Inteligência artificial acelera marketing e vendas, mas conexão humana segue decisiva
8 em cada 10 brasileiros se sentem mais criativos com apoio da Inteligência Artificial
Apoie Siga-nos no

Na era da inteligência artificial, onde dados se multiplicam e os processos de automação ganham escala, a execução e a capacidade de criar conexões humanas permanecem no centro das estratégias de marketing e vendas.

Embora a tecnologia ajude a antecipar movimentos e personalizar abordagens, ela não substitui o fator humano na hora de gerar valor real.

Segundo Camila Renaux, especialista em marketing estratégico e inteligência artificial, o momento atual é de aceleração máxima na aplicação da IA aos negócios.

“Estamos vivendo a maior expansão da IA nas empresas, mas o desafio é transformar essa tecnologia em resultados concretos. Dados, por si só, não fazem nada se não forem convertidos em ação”, afirma.

Além disso, o cenário é reforçado por uma pesquisa da IBM, segundo a qual 75% das empresas pretendem ampliar seus investimentos em IA nos próximos 12 meses.

No entanto, 56% dos líderes admitem que suas equipes ainda não estão prontas para extrair o melhor das novas ferramentas.

Outro levantamento, desta vez da McKinsey, mostra que 87% das organizações que já adotaram a IA observam ganhos significativos em produtividade, principalmente nas áreas de marketing, vendas e atendimento.

Execução como fator de diferenciação

Por outro lado, para Bruno Brandão, gerente nacional de vendas da Altenburg, o principal desafio do setor de vendas hoje não está mais no acesso aos dados, mas na capacidade de execução.

“O mercado tem planejamento estratégico de sobra. O que diferencia quem cresce de quem estagna é a disciplina e a capacidade de transformar metas em ações diárias e mensuráveis”, explica.

Dados da Harvard Business Review reforçam essa visão.

Segundo a publicação, 70% das falhas estratégicas nas empresas estão ligadas à execução, e não à formulação da estratégia.

Mesmo nos eventos mais voltados à tecnologia, como a NRF 2024, o conceito mais debatido foi o “Back to Basics”, com foco na importância do básico bem feito.

Tecnologia como suporte, não substituição

Nesse contexto, Camila ressalta que, apesar da capacidade da IA em trazer velocidade e previsibilidade, ela não substitui os elementos emocionais da interação humana.

“A IA é bastidor. O ser humano continua sendo o palco”, afirma.

Ela destaca ainda que a tecnologia pode ajudar a criar conteúdo, identificar padrões e antecipar demandas, mas não substitui a empatia, o engajamento e a construção de cultura dentro das empresas.

Essa percepção é reforçada por um levantamento da Salesforce.

De acordo com o estudo, 80% dos clientes consideram a experiência oferecida tão importante quanto o próprio produto ou serviço.

Além disso, empresas que priorizam relacionamento e experiência são, em média, 60% mais lucrativas, de acordo com estudo da Deloitte Digital.

Discussão sobre o futuro da transformação digital

Por fim, essa combinação de estratégia, tecnologia e fator humano será tema central do Conexão WK.

O evento sobre tecnologia e inovação acontece entre 3 e 4 de julho, em Blumenau (SC).

Promovido pela WK, empresa de ERP e soluções de gestão, o encontro reunirá especialistas de diferentes áreas para discutir os caminhos da transformação digital.

Bruno reforça a importância do encontro presencial:

“A Camila costuma dizer que nada substitui um sorriso, um abraço, uma conexão verdadeira. É por isso que eventos como o Conexão WK são tão importantes. Quem se conecta melhor, vende mais.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo