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Enfermeira é condenada a prisão perpétua por assassinar cinco bebês na Argentina

Brenda Cecilia Agüero tentou outros oito assassinatos enquanto atuava em um hospital de Córdoba, 700 quilômetros a noroeste de Buenos Aires

Enfermeira é condenada a prisão perpétua por assassinar cinco bebês na Argentina
Enfermeira é condenada a prisão perpétua por assassinar cinco bebês na Argentina
A enfermeira Brenda Cecilia Agüero, chora no tribunal ao saber que foi condenada pela morte de cinco bebês na Argentina. Foto: Reprodução/La Nacion
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Uma enfermeira foi condenada à prisão perpétua nesta quarta-feira 18 por matar cinco bebês e tentar assassinar outros oito em um hospital argentino, informou a imprensa local, publicando um vídeo da leitura da sentença.

A enfermeira Brenda Cecilia Agüero injetou potássio e insulina de forma irregular em recém-nascidos entre março e junho de 2022, pegando doses de “carrinhos de emergência”, usados para situações críticas e sem controle de estoque, segundo a investigação do Ministério Público.

Agüero é “penalmente responsável pelo crime de homicídio qualificado por procedimento insidioso reiterado, cinco fatos, em concurso real (…) e homicídio qualificado por procedimento insidioso em grau de tentativa reiterada, oito fatos, (…) informando-a da pena de prisão perpétua”, disse o tribunal.

Os bebês, nascidos saudáveis, morreram em circunstâncias inicialmente inexplicáveis, enquanto oito sobreviveram devido à rápida intervenção médica.

Os fatos ocorreram no departamento neonatal do hospital materno-infantil da província de Córdoba, 700 quilômetros a noroeste de Buenos Aires.

O julgamento, decidido após seis meses por júri populares e dois juízes, também julgou 10 acusados, entre ex-funcionários provinciais e profissionais de saúde, por ocultação e violação de deveres.

Cinco foram considerados culpados, mas com sentenças menores, e os outros cinco foram absolvidos, incluindo os ex-funcionários provinciais, informou a mídia local Infobae.

Agüero havia negado as acusações em janeiro, declarando que o tribunal “não têm provas”, e acusou a imprensa de retratá-la como uma “assassina em série”.

Presa em 2022, a enfermeira não poderá solicitar liberdade condicional antes de cumprir 35 anos de prisão, de acordo com o código penal argentino.

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