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Coreia do Norte chama ofensiva de Israel contra o Irã de ‘ato ilegal’ e ‘crime contra a humanidade’
Para Pyongyang, ação de Israel eleva o perigo de uma ‘nova guerra total na região do Oriente Médio’


A Coreia do Norte criticou nesta quinta-feira 19 a ofensiva de Israel contra o Irã, classificando-a como um “ato ilegal” e um “crime contra a humanidade”, segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
“A RPDC [República Popular Democrática da Coreia] expressa sua grave preocupação com o ataque militar de Israel e o condena de forma resoluta”, afirmou o porta-voz em um comunicado divulgado pela agência estatal de notícias KCNA.
As mortes de civis provocadas pelos ataques israelenses são “um crime imperdoável contra a humanidade”, acrescentou.
Na nota, Pyongyang também declarou que “o ato ilegal de terrorismo de Estado patrocinado por Israel [está] aumentando o perigo de uma nova guerra total na região do Oriente Médio”.
Na sexta-feira, Israel lançou um ataque surpresa contra o Irã sob o argumento de que a República Islâmica estaria prestes a adquirir a bomba nuclear, o que deu início a seis dias de ataques contínuos entre ambas as partes.
Os bombardeios israelenses deixaram ao menos 224 mortos no Irã, incluindo altos comandantes do Exército, cientistas nucleares e civis, segundo informaram as autoridades de Teerã no domingo. Desde então, não houve atualização oficial do número de vítimas.
Do lado israelense, 24 pessoas morreram, incluindo civis, informou o governo.
Nos últimos anos, a Coreia do Norte se aproximou da Rússia, apoiando suas operações militares na invasão da Ucrânia.
Em janeiro, Rússia e Irã firmaram uma grande aliança estratégica para expandir seus laços militares. A Ucrânia e aliados ocidentais acusam o Irã de fornecer drones e mísseis de curto alcance à Rússia.
O presidente Donald Trump tem alimentado as especulações sobre a possibilidade de que os Estados Unidos se unam ao seu aliado Israel na ofensiva contra o Irã, e afirmou nesta quarta-feira que sua paciência se esgotou com Teerã. No entanto, acrescentou que ainda não é muito tarde para negociações.
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