Política

PSDB considera filiação de Ciro Gomes próxima de se concretizar

As conversas miram as eleições de 2026 e ocorrem após o recuo na aliança entre os tucanos e o Podemos

PSDB considera filiação de Ciro Gomes próxima de se concretizar
PSDB considera filiação de Ciro Gomes próxima de se concretizar
O ex-candidato do PDT à Presidência Ciro Gomes. Foto: Evaristo Sá/AFP
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A cúpula nacional do PSDB considera próxima a filiação do ex-governador do Ceará Ciro Gomes e a vê como uma espécie de “ganho” para o partido após uma série de derrotas eleitorais.

O ex-ministro, que está há uma década no PDT, mantém conversas com dirigentes tucanos, que contam com o seu desembarque na sigla nos próximos meses, de olho na disputa pelo governo cearense em 2026. A possível chegada de Ciro foi antecipada a aliados pelo presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, em uma reunião na manhã desta segunda-feira 16.

Segundo três pessoas que participaram do encontro, Perillo disse que, após “muitas perdas”, ter Ciro como candidato no Ceará seria “um ganho”.

A reunião foi convocada para discutir os próximos passos do tucanato após o recuo nas negociações sobre uma incorporação do Podemos. No encontro, segundo apurou a reportagem, Perillo disse também que uma federação seria “ruim” para Ciro por envolver impasses regionais difíceis de arbitrar.

Dirigentes viam na aliança com o Podemos uma espécie de sobrevida ao PSDB, que foi protagonista da política nacional, mas não tem conseguido empolgar os eleitores. O arranjo não foi adiante devido a divergências sobre o comando do partido resultante da incorporação.

Em maio, Ciro Gomes já havia relatado a deputados estaduais do Ceará ter recebido um convite do ex-senador Tasso Jereissati para integrar o ninho tucano. À época, o ex-governador também defendeu o nome de Roberto Claúdio, ex-prefeito de Fortaleza, para a disputa no estado em 2026, mas não descartou entrar no páreo em caso de “situação extrema”.

Nos últimos meses, Ciro tem dado sinalizações de que pretende retomar o destaque político. Em 2022, contudo, havia rechaçado a possibilidade voltar às urnas em 2026 — naquele ano, amargou seu pior resultado em uma eleição presidencial, com apenas 3% dos votos válidos.

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