Política

Jorge Picciani, presidente da Alerj, é conduzido coercitivamente

Deputado estadual do PMDB é investigado ao lado de cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, que foram presos preventivamente

Jorge Picciani, presidente da Alerj, é conduzido coercitivamente
Jorge Picciani, presidente da Alerj, é conduzido coercitivamente
Picciani: ele teria sido beneficiado pelo esquema de pagamento de propinas
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O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jorge Picciani (PMDB), foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal nesta quarta-feira 29 na Operação O Quinto do Ouro, deflagrada para investigar um esquema de corrupção envolvendo políticos e integrantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Cinco dos sete conselheiros do TCE do Rio foram presos preventivamente.

A Operação O Quinto do Ouro é realizada por uma força-tarefa do Ministério Público Federal e da PF e foi autorizada pelo ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As bases da operação são, segundo o jornal O Globo, as delações premiadas do ex-presidente do TCE Jonas Lopes de Carvalho Filho e a de seu filho, Jonas Lopes de Carvalho Neto, negociadas pela Procuradoria Geral da República e homologadas recentemente no STJ.

Jonas Filho foi conduzido coercitivamente em dezembro de 2016, na Operação Descontrole, um desdobramento da Operação Lava Jato, que no Rio de Janeiro levou para a cadeia o ex-governador Sergio Cabral

De acordo com a PF, a operação investiga um esquema de pagamentos de propina a membros da Alerj e do TCE na celebração de contratos entre órgãos públicos e empresas privadas. Segundo os investigadores, membros do TCE recebiam pagamentos indevidos em contratos firmados com o Estado do Rio de Janeiro em contrapartida ao favorecimento na análise de contas/contratos sob fiscalização no Tribunal.

Além disso, diz a PF, agentes públicos teriam recebido valores indevidos em razão de viabilizar a utilização do fundo especial do TCE-RJ para pagamentos de contratos do ramo alimentício atrasados junto ao governo do Rio de Janeiro, recebendo para tal uma porcentagem por contrato faturado. 

Os conselheiros do TCE presos preventivamente são Aloysio Neves, Domingos Brazão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco. 

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