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Lula telefona para Cristina após condenação na Justiça argentina: ‘Se mantenha firme neste momento difícil’
Ex-presidenta da Argentina foi condenada a 6 anos de prisão pela Suprema Corte do país e está impedida de disputar as eleições
O presidente Lula (PT) telefonou para a ex-presidenta da Argentina Cristina Kirchner após a Suprema Corte do país confirmar a condenação da peronista a seis anos de prisão por corrupção.
A ligação foi confirmada pelo próprio brasileiro nas redes sociais. Segundo Lula, o telefonema serviu para prestar solidariedade à aliada neste “momento difícil”.
“Telefonei hoje no final da tarde para a companheira Cristina Kirchner e manifestei toda a minha solidariedade. Falei da importância de que se mantenha firme neste momento difícil”, escreveu o presidente na noite desta quarta-feira 11.
Ainda sobre a conversa, o brasileiro disse ter notado, “com satisfação”, que a ex-presidenta argentina está “serena e determinada” a lutar contra “essa situação adversa”.
Cristina não comentou publicamente a ligação com Lula. Em seu pronunciamento mais recente sobre o caso, logo após a condenação, chamou os juízes da Suprema Corte argentina de “fantoches” de Javier Milei, atual presidente do país.
“A história argentina mostra que os líderes políticos que governam para o povo, que conseguem a distribuição mais equitativa da renda, são imperdoáveis”, disse Cristina a militantes em frente à sede do Partido Justicialista, do qual é presidenta. “Estão enganados aqueles que acreditam que, ao me condenar desta forma, continuarão o processo de pilhagem.”
Segundo explicou aos aliados, a decisão do tribunal não foi surpreendente. “Como sempre, colocaremos nossos corpos em risco, porque os peronistas não fogem. A direita faz isso.”
A decisão que condenou Cristina envolve suposta prática de corrupção por pagamentos superfaturados e concessão de contratos para obras públicas na província de Santa Cruz.
A sentença foi proferida pela Suprema Corte na terça-feira 10, poucos dias depois da peronista anunciar que seria candidata na próxima eleição do país. Ela pretendia disputar uma vaga de deputada por Buenos Aires. Com a decisão, porém, está impedida, já que também recebeu a pena de inelegibilidade perpétua.
“A verdade é que esta Argentina governada por Milei nunca deixa de nos surpreender, porque além do controle salarial, adicionaram o controle do voto popular”, reagiu a ex-presidenta.
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