Mundo

Polícia da Índia confirma 290 mortes após queda de avião

Entre as vítimas estão ocupantes da aeronave e moradores da região onde houve o acidente

Polícia da Índia confirma 290 mortes após queda de avião
Polícia da Índia confirma 290 mortes após queda de avião
Equipes de resgate atuam no local da queda do avião – Foto: Sam Panthaky/AFP
Apoie Siga-nos no

A queda de um avião da companhia aérea Air India que partiu de Ahmedabad, oeste da Índia, com destino a Londres nesta quinta-feira 12, deixou mais de 290 mortos, segundo último balanço feito pela Polícia. Ao menos 41 pessoas estão feridas.

A conta abrange não apenas os passageiros, mas também pessoas que estavam no solo e foram atingidas. O acidente já é o pior desastre aéreo do mundo em uma década.

Entre os mortos, estão pelo menos cinco estudantes de medicina que estavam em um refeitório de um alojamento universitário que foi atingido na queda da aeronave. Há relatos de que vários estudantes tiveram de pular as janelas do local para fugir das chamas.

Um passageiro sobreviveu ao acidente, de acordo com a polícia. O homem estava sentado na cadeira 11A, o primeiro assento da classe econômica, atrás de uma saída de emergência e duas fileiras antes da asa. A vítima já foi hospitalizada.

O Boeing 787-8 da Air India, que estava a caminho do aeroporto de Gatwick, em Londres, tinha uma tripulação de 242 passageiros e tripulantes a bordo, segundo a companhia aérea. Eram 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense; havia ainda dois pilotos e dez tripulantes na aeronave. Pelo menos 204 corpos já teriam sido resgatados, também de acordo com a polícia.

Como foi o acidente

O acidente aconteceu durante a decolagem do avião. Segundo os registros, a aeronave iniciou a decolagem às 13h38 (5h08 no horário de Brasília) e caiu cinco minutos depois, em uma área residencial. Imagens que circulam nas redes sociais mostram destroços em chamas e uma densa fumaça preta subindo aos céus próximo ao aeroporto.

No local, um jornalista da AFP viu bombeiros tentando apagar os destroços do avião, enquanto várias pessoas removiam os corpos dos escombros.

O Boeing 787 da Air India emitiu um sinal de socorro e “caiu logo após a decolagem em Ahmedabad” às 13h39, horário local (5h09 no horário de Brasília), informou a agência de aviação.

O avião caiu entre um hospital público e o bairro de Ghoda Camp.

Este é o primeiro acidente que envolve o Boeing 787 Dreamliner. A fabricante americana Boeing afirmou que está em contato com a Air India e pronta para prestar suporte à empresa.

‘Corpos espalhados’

Poonam Patni, que testemunhou o acidente, disse que três prédios foram danificados.

“Quando chegamos ao local, havia corpos espalhados e os bombeiros tentavam apagar o fogo”, afirmou.

Ahmedabad é a maior cidade do estado indiano de Gujarat e tem uma população de oito milhões de habitantes. O aeroporto fica no meio de áreas residenciais densamente povoadas.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, classificou o acidente como uma tragédia “desoladora”, para a qual não há palavras.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressou seus sentimentos “com os passageiros e suas famílias neste momento tão doloroso”, e o rei Charles III disse estar “profundamente chocado” com o acidente.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, declarou-se “profundamente consternado” com o trágico acidente e expressou seu apoio às famílias das vítimas.

O presidente da Air India expressou suas condolências às famílias e informou que um centro de emergência e uma equipe de apoio estavam disponíveis para as famílias que buscam informações.

A Índia sofreu uma série de desastres aéreos, incluindo um em 1996, quando dois aviões colidiram em pleno voo sobre a capital, Nova Délhi, uma tragédia que matou quase 350 pessoas.

Em 2010, um avião da Air India Express caiu e pegou fogo no Aeroporto de Mangalore, no sudoeste da Índia: morreram 158 dos 166 passageiros e tripulantes a bordo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo