Esporte

O encontro de Dudu com a Justiça Desportiva por misoginia contra Leila Pereira

Para a Procuradoria, o atacante ‘busca depreciar a trajetória profissional e a credibilidade’ da presidenta do Palmeiras

O encontro de Dudu com a Justiça Desportiva por misoginia contra Leila Pereira
O encontro de Dudu com a Justiça Desportiva por misoginia contra Leila Pereira
Dudu e Leila Pereira. Fotos: Nelson Almeida/AFP e Divulgação
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O Superior Tribunal de Justiça Desportiva avaliará na próxima segunda-feira 16, em sessão que começará às 11h, uma denúncia contra o jogador Dudu, do Atlético-MG, por declarações discriminatórias sobre a presidenta do Palmeiras, Leila Pereira.

O inquérito resultou de uma notícia de infração disciplinar protocolada pela União Brasileira de Mulheres. A auditora Mariana Barreiras, que conduziu a investigação, ouviu Leila, enquanto Dudu optou por ficar em silêncio.

A acusação da Procuradoria da Justiça Desportiva enquadra o atacante no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, a dispor sobre a prática de ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

A punição prevista é suspensão de cinco a dez partidas, além de multa entre 100 e 100 mil reais.

De acordo com os autos, a primeira postagem ofensiva nas redes sociais ocorreu em 13 de janeiro de 2025, quando Dudu divulgou uma foto na qual aparecia rodeado de troféus, com a mensagem: “O caminhão estava pesado e mandaram eu sair pelas portas do fundo!!! Minha história foi gigante e sincera diferente da sua sra @leilapereira Me esquece VTNC”.

No fim de dezembro, o atleta havia acertado sua transferência do Palmeiras para o Cruzeiro — ele pouco jogou na Raposa e, no início de maio, chegou ao Atlético.

Um dia depois da primeira mensagem contra Leila, o jogador publicou um comentário no Instagram no qual disse que a presidenta palmeirense é “falsa mais que nota de 2 reais”. “Todo mundo sabe como ela chegou a ser presidente do Palmeiras”, alegou ainda, sem se explicar.

Segundo a Procuradoria, “a conduta do denunciado é revestida de inaceitável misoginia, na medida em que busca depreciar a trajetória profissional e a credibilidade de Leila Pereira, única presidente mulher de um clube de futebol de primeira divisão no Brasil”.

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