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Senado aprova acordo Brasil-Israel assinado por Bolsonaro

O texto recebeu um parecer favorável do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e segue para promulgação

Senado aprova acordo Brasil-Israel assinado por Bolsonaro
Senado aprova acordo Brasil-Israel assinado por Bolsonaro
Na ordem do dia, deliberação da Medida Provisória nº 1.218, de 2024, e dos demais itens constantes da pauta publicada pela Secretaria-Geral da Mesa. Em pronunciamento, à bancada, senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). Foto: Pedro França/Agência Senado
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O Senado aprovou na terça-feira 10, em votação simbólica, o texto do Acordo sobre Serviços Aéreos entre Brasil e Israel, assinado em Jerusalém, em março de 2019, sob o governo de Jair Bolsonaro (PL). O projeto de decreto legislativo recebeu um parecer favorável do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e segue para promulgação.

O acordo busca disciplinar o transporte aéreo de passageiros, de cargas e mala postal, especificando, entre outros pontos, a designação de empresas, rotas, tarifas e segurança.

Segundo o texto, cada país concede ao outro direitos para operar serviços aéreos internacionais em determinadas rotas, além de permitir às empresas aéreas designadas alguns direitos, como sobrevoar o território da outra parte sem pousar e fazer escalas no território do outro país para fins não comerciais.

O relator alega que o acordo tem o objetivo de fortalecer os laços de amizade, entendimento e cooperação entre Brasil e Israel.

Ainda segundo Pontes, o projeto “está em conformidade com a Política Nacional de Aviação Civil e favorece a circulação de pessoas e bens entre Brasil e Israel.

A aprovação ocorre em um contexto delicado nas relações diplomáticas entre Brasília e Tel Aviv. Em 3 de junho, o presidente Lula (PT) voltou a classificar de “genocídio” a ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza e afirmou que o governo de Benjamin Netanyahu deve “parar com o vitimismo”, em referência a alegações de antissemitismo quando autoridades criticam a incursão militar de Tel Aviv.

“É por conta do que o povo judeu sofreu na sua história que o governo de Israel deveria ter bom senso e humanismo no trato com o povo palestino”, disse o petista. “Eles se comportam como se o povo palestino fosse de cidadãos de segunda classe. Só haverá paz quando a gente tiver a consciência de que o palestino tem direito ao seu Estado.”

(Com informações da Agência Senado)

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