Economia

Guerra comercial de Trump faz Banco Mundial reduzir projeção de crescimento da economia global

A organização também baixou expectativas sobre o desempenho da economia brasileira

Guerra comercial de Trump faz Banco Mundial reduzir projeção de crescimento da economia global
Guerra comercial de Trump faz Banco Mundial reduzir projeção de crescimento da economia global
Trump aposta na guerra comercial. Foto: Mandel Ngan/AFP
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O Banco Mundial reduziu suas previsões de crescimento econômico global para os próximos dois anos, segundo o Relatório de Perspectivas Econômicas Globais divulgado nesta terça-feira 10. 

A economia mundial deve crescer 2,3% em 2025, com recuperação para 2,4% em 2026 e 2,6% em 2027. Em janeiro, a instituição projetava expansão de 2,7% para este ano e o próximo.

Caso essas previsões se confirmem, a primeira metade da década de 2020 registrará a expansão econômica mais modesta desde os anos 1960, sinalizando para o estado atual da economia do globo.

Segundo a análise do Banco Mundial, a piora na perspectiva econômica se deve ao agravamento das disputas comerciais internacionais e à incerteza sobre diretrizes econômicas. Parte desse fenômeno é efeito direto da subida de tarifas marcante promovida pelo presidente norte-americano Donald Trump no seu segundo mandato.

A instituição também projeta que a inflação mundial alcançará 2,9% em 2025, o que deve trazer ainda mais problemas para a economia.

Brasil

Se a situação não deve ser fácil para as principais potências globo, ela se agrava quando se observa o quadro dos países emergentes. Segundo o Banco Mundial, cerca de 60% das nações em desenvolvimento devem experimentar desaceleração em 2025.

No caso do Brasil, o País deve amargar a tendência global de arrefecimento econômico. As novas projeções apontam para um crescimento de 2,4% em 2025 e 2,2% em 2026. Esses números, se confirmados, mostrariam uma desaceleração acentuada em comparação com os 3,4% registrados no ano anterior.

Para o Banco Mundial, a eventual desaceleração da economia brasileira pode acontecer por conta do ambiente de juros altos e pela redução do suporte fiscal.

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