Política

Zema compara pessoa em situação de rua a carro em local proibido e pede lei para ‘guinchar’

A declaração entrou na mira de adversários do governador, como o ministro Alexandre Silveira

Zema compara pessoa em situação de rua a carro em local proibido e pede lei para ‘guinchar’
Zema compara pessoa em situação de rua a carro em local proibido e pede lei para ‘guinchar’
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), comparou moradores de rua a veículos estacionados em locais proibidos. A declaração, proferida em entrevista à Jovem Pan na última quinta-feira 5, entrou na mira de adversários políticos.

“Quando você para um carro em lugar proibido, ele é removido, guinchado”, disse Zema. “Agora, fica morador de rua às vezes na porta da casa de uma idosa, atrapalhando ela a entrar em casa, fazendo sujeira, colocando a vida dela, de certa maneira, em exposição.”

Ele defendeu que deveria haver uma lei para resolver a situação. “É um problema em São Paulo, Belo Horizonte e em outras cidades”, completou.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), oponente de Zema, afirmou que “a insensibilidade do governador é revoltante”.

“Alguém tem que ensinar a esse filhinho de papai que o correto, quando se trata de pessoas, é acolher”, devolveu Silveira. “Morador de rua não é carro, nem carga da loja que ele herdou do pai para ser guinchado ou recolhido.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo