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Polícia desmantela rede de tráfico de cocaína entre Brasil e França

Sete pessoas detidas foram indiciadas na última sexta-feira 7

Polícia desmantela rede de tráfico de cocaína entre Brasil e França
Polícia desmantela rede de tráfico de cocaína entre Brasil e França
Vista aérea do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, em abril de 2019. Foto: AFP
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Uma rede de tráfico de cocaína entre França e Brasil que envolvia funcionários do serviço de bagagens do aeroporto parisiense Roissy-Charles de Gaulle foi desmantelada e oito pessoas foram detidas, informaram as autoridades neste sábado 7.

As detenções aconteceram em 3 de junho em áreas próximas a Paris no âmbito de uma operação que mobilizou 105 policiais e vários serviços especializados, segundo a força de segurança.

As detenções aconteceram como parte de uma investigação judicial aberta em janeiro por tráfico de entorpecentes em grupo organizado, associação criminosa e lavagem de dinheiro procedente do tráfico de drogas, conforme uma fonte judicial.

Sete pessoas detidas foram indiciadas na sexta-feira, de acordo com a mesma fonte.

Duas delas foram colocadas em prisão preventiva, quatro sob controle judicial e a última solicitou uma audiência diferida com o juiz de liberdades e detenção.

No fim de 2024, duas caixas que continham 45 blocos de cocaína, ou seja, um total de 50 quilos, foram encontradas durante uma inspeção de segurança aeroportuária realizada pela Seção de Investigação do Transporte Aéreo (SRTA), informou a polícia.

Após identificar o transporte de drogas do Brasil para o aeroporto Charles de Gaulle, a SRTA iniciou a investigação para determinar a origem do tráfico.

A aplicação de técnicas especiais de investigação permitiu definir a magnitude da rede, ativa principalmente em Seine-Saint-Denis e que dependia de vários funcionários e diretores de uma empresa aeroportuária para retirar entre 20 e 50 quilos de cocaína por mês.

Quase 500.000 euros (cerca de 570.000 dólares, 3,16 milhões de reais) em produtos ilícitos e um pouco mais de 100.000 euros (114.000 dólares, 633.000 reais) em dinheiro foram apreendidos, além de cinco veículos, uma casa, artigos de luxo (roupas, perfumes, joias…) e uma arma de mão.

De acordo com a polícia, “este caso ilustra a capacidade das organizações criminosas de subornar agentes aeroportuários, visando especialmente gerentes intermediários não conhecidos pela Justiça”.

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