CartaExpressa

OAB do Rio quer inclusão de Bretas em cadastro de violadores da advocacia

O ex-juiz da Lava Jato foi afastado definitivamente da magistratura pelo Conselho Nacional de Justiça no começo desta semana

OAB do Rio quer inclusão de Bretas em cadastro de violadores da advocacia
OAB do Rio quer inclusão de Bretas em cadastro de violadores da advocacia
Juiz Marcelo Bretas - Fernando Frazão/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) pediu que o ex-juiz Marcelo Bretas seja incluído no Cadastro Nacional de Violadores de Prerrogativas da Advocacia. O cadastro que a OAB fluminense quer incluir Bretas prevê a suspensão do registro no conselho por até cinco anos.

O pedido foi feito pela presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basílio. Cabe agora o Conselho Federal da OAB analisar o pedido e decidir se o ex-juiz da Lava Jato terá seu nome incluído na lista ou não.

“O referido magistrado atuou de forma incompatível com o dever de imparcialidade judicial, tendo sido apontado como negociador de penas, orientador de advogados e participante de estratégias conjuntas com o Ministério Público, em manifesta violação às normas da Magistratura (art. 35 da LOMAN) e, especialmente, às prerrogativas profissionais dos advogados”, afirmou a OAB-RJ, no ofício enviado na quarta-feira 4.

Bretas foi afastado definitivamente da magistratura pelo Conselho Nacional de Justiça no começo desta semana. Um dos processos que resultaram na punição a Bretas partiu da própria OAB, que acusou o juiz da Lava Jato era acusado de barrar o acesso a documentos pelas defesas.

A OAB acusou ainda o agora ex-juiz “de negociar penas, orientar advogados e combinar estratégias com o Ministério Público”. Por unanimidade, o CNJ decidiu afastar definitivamente Bretas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo