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Burnout: seis atitudes que líderes podem adotar para proteger suas equipes

Brasil registrou recorde de afastamentos por problemas mentais em 2024; ações preventivas podem evitar agravamento da síndrome no ambiente corporativo

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Um mergulho na saúde mental dos colaboradores
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A saúde mental ganhou destaque nas pautas corporativas após um novo aumento no número de afastamentos por problemas psicológicos no Brasil. Segundo dados do Ministério da Previdência Social, em 2024, foram quase 500 mil afastamentos do trabalho – o maior número em uma década.

Entre os principais fatores para esse recorde estão metas inatingíveis, jornadas excessivas e ambientes de trabalho que ignoram os impactos do estresse contínuo. Nesse cenário, cresce a urgência por medidas estruturadas de prevenção à Síndrome de Burnout, condição reconhecida como doença relacionada ao trabalho pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Prevenção começa com as lideranças

Para Nayara Teixeira, Diretora de Produto e Operações da Mapa HDS, a adoção de políticas preventivas é responsabilidade direta das empresas. “É necessário garantir condições seguras e saudáveis de trabalho, prevenindo o adoecimento físico e mental e oferecendo os recursos adequados para o exercício das funções”, afirma.

Com base na atuação da Mapa HDS, especializada em avaliação e monitoramento psicossocial, a especialista elenca seis práticas que líderes podem adotar para reduzir os riscos de burnout em suas equipes.

1. Criar um ambiente seguro para diálogo e confiança:
Líderes devem promover uma cultura de escuta ativa, onde os trabalhadores sintam segurança para expressar dúvidas, pressões e dificuldades sem medo de represálias. Ambientes que priorizam o respeito e a confiança favorecem a cooperação e reduzem o isolamento. Essa abordagem fortalece o engajamento e melhora a convivência no dia a dia.

2. Oferecer ferramentas de apoio psicológico:
A empresa pode disponibilizar apoio psicológico, rodas de conversa e ações educativas sobre saúde mental. Além disso, o uso de ferramentas de diagnóstico organizacional ajuda a mapear riscos psicossociais e implementar medidas sob medida para cada equipe. Essas ações sinalizam que o bem-estar é parte da estratégia, e não um tema secundário.

3. Ajustar metas e reconhecer resultados:
Revisar metas e redistribuir tarefas evita sobrecarga desnecessária. Os líderes devem garantir que os objetivos sejam realistas e estejam compatíveis com a estrutura da equipe. Além disso, é importante reconhecer publicamente as entregas realizadas. O reconhecimento atua como um fator de proteção emocional.

4. Promover equilíbrio entre vida pessoal e profissional: 
Políticas de jornada flexível, como o trabalho híbrido e licenças remuneradas, contribuem para a redução do estresse. Ao respeitar os limites dos horários e incentivar pausas, os líderes ajudam a preservar a saúde física e emocional dos trabalhadores. Equilíbrio aumenta o foco, reduz erros e melhora a produtividade de forma sustentável.

5. Capacitar lideranças para identificar sinais de alerta:
A formação contínua de líderes é um passo indispensável. Treinamentos ajudam os gestores a reconhecer sinais de exaustão, a comunicar com empatia e a oferecer suporte adequado. Esse preparo evita reações tardias e reforça a cultura de cuidado.

6. Monitorar o clima organizacional com frequência:
Aplicar pesquisas anônimas de clima e bem-estar permite que a empresa identifique pontos críticos antes que se agravem. Esses dados ajudam na criação de ações mais efetivas e mostram que a escuta ativa é parte do modelo de gestão. Além disso, o monitoramento contínuo dá visibilidade ao que realmente importa para a equipe.

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