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Interpol inclui Carla Zambelli na difusão vermelha

A decisão da organização ocorre após o ministro do STF Alexandre de Moraes mandar prender a deputada

Interpol inclui Carla Zambelli na difusão vermelha
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A deputada federal Carla Zambelli. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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A Interpol decidiu, nesta quinta-feira 5, incluir Carla Zambelli (PL-SP) em sua lista de difusão vermelha. A solicitação foi encaminhada pela Polícia Federal, após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinar a prisão preventiva da deputada federal. A informação foi divulgada pela GloboNews.

O objetivo de inserir Zambelli na lista da Interpol, segundo Moraes, é “viabilizar o competente pedido de extradição”. Assim, ela pode ser presa em outros países.

A difusão vermelha é um dos instrumentos mais importantes da Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol, que reúne forças de segurança de 196 países. Trata-se de um alerta internacional emitido a pedido de um Estado-membro, a fim de localizar e prender uma pessoa foragida.

Na manhã desta quinta, o influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo, afirmou que Zambelli “está bem e em segurança na Itália”.

Em maio, por 5 votos a 0, a Primeira Turma do STF sentenciou Zambelli a dez anos de prisão e à perda do mandato no caso da invasão a um sistema do Conselho Nacional de Justiça. A deputada, que anunciou na terça-feira 4 ter saído do Brasil, é considerada foragida.

Ao ordenar a prisão, Moraes afirmou que a jurisprudência do Supremo “é firme no sentido da decretação da prisão em razão da fuga do distrito da culpa, quando demonstrada a pretensão de se furtar à aplicação da lei penal”.

No caso da bolsonarista, escreveu o ministro, é inequívoca a natureza da “viagem” ao exterior: escapar da aplicação da lei, em razão da proximidade do julgamento do recurso da defesa da deputada contra a condenação — a Primeira Turma começará a analisar os embargos de declaração nesta sexta-feira 6.

“Lamentavelmente, o intuito criminoso de Carla Zambelli permanece ativo e reiterado, insistindo a condenada — mesmo que de modo atabalhoado e confuso — na divulgação de notícias fraudulentas, no ataque à lisura das eleições e nas agressões ao Poder Judiciário.”

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