Economia
INSS: Justiça determina novo bloqueio de R$ 119 milhões de investigados por fraude
A AGU reivindica os valores bloqueados para ressarcir aposentados e pensionistas vítimas de descontos ilegais


A Justiça Federal determinou um novo bloqueio de 119 milhões de reais em bens de empresas e sócios investigados por suspeita de fraudes contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS.
A decisão ocorreu no âmbito de cinco ações movidas pela Advocacia-Geral da União, que representa o instituto. O órgão reivindica o bloqueio para ressarcir aposentados e pensionistas vítimas de descontos ilegais em seus benefícios.
Cada um dos processos envolve o bloqueio de até 23,8 milhões de reais. A nova decisão atinge bens móveis e imóveis (incluindo ativos financeiros) de oito empresas e nove pessoas físicas, além de autorizar a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos suspeitos.
A AGU ainda aguarda a decisão sobre outras 10 ações com pedidos semelhantes ajuizadas no início de maio.
Por determinação da juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, a ação original foi desmembrada em 15 processos judiciais.
Uma das ações em que a magistrada decretou a indisponibilidade de bens e ativos financeiros envolve as pessoas jurídicas Venus Consultoria Assessoria Empresarial S/A e seus sócios Alexandre Guimarães e Rubens Oliveira Costa, bem como a pessoa jurídica THJ Consultoria Ltda e sua sócia Thaisa Hoffmann Jonasson.
Duas outras ações impactam as pessoas jurídicas Prospect Consultoria Empresarial LTDA e Brasília Consultoria Empresarial SA, que têm como sócios Romeu Carvalho Antunes, Milton Salvador de Almeida Junior e Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “o careca do INSS”.
As últimas ordens proferidas atingem a Curitiba Consultoria em Serviços Médicos S/A e seus sócios Rubens Oliveira Costa e Thaisa Hoffmann Jonasson; a Xavier Fonseca Consultoria Ltda e sua sócia Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira; a Arpar Administração, Participação e Empreendimentos S/A e seu sócio Rodrigo Moraes; e a WM System Informática LTDA e seu sócio Anderson Claudino de Oliveira.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Justiça bloqueia R$ 23,8 milhões de investigados por esquema de fraude no INSS
Por CartaCapital
Mais de 60 mil vítimas de fraude no INSS foram atendidas nos Correios
Por Agência Brasil
Como contestar os descontos não autorizados no seu INSS
Por Cacá Melo
A avaliação do governo Lula entre evangélicos e católicos, segundo nova pesquisa
Por CartaCapital