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Pix automático: o que esperar da nova modalidade?

Nova funcionalidade do Banco Central deve mudar a forma como brasileiros fazem pagamentos recorrentes a partir de junho

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O Pix automático, previsto para ser lançado no próximo dia 16 de junho, é a mais recente aposta do Banco Central para ampliar o uso do pagamento instantâneo no Brasil. A nova modalidade permitirá que os usuários configurem pagamentos recorrentes com uma única autorização.

As cobranças de serviços por assinatura ou contas mensais, como luz e água, poderão ser feitas automaticamente. Não haverá necessidade de repetição do processo a cada mês.

Expectativa de crescimento

Segundo estatísticas do Banco Central, em abril de 2025, foram realizadas 6.278.093 transações via Pix, movimentando 2,67 bilhões de reais. A expectativa é de que o Pix automático aumente esse número ao facilitar pagamentos e reduzir atrasos.

O usuário poderá definir um limite máximo de valor para os débitos automáticos. O cancelamento da autorização poderá ser feito a qualquer momento. As transações serão gratuitas e dispensarão autenticação a cada operação.

Benefícios para empresas

Do lado das empresas, a nova funcionalidade elimina a necessidade de convênios bilaterais com bancos. Esse modelo ainda é exigido no débito automático tradicional. Portanto, espera-se uma redução dos custos de cobrança. A eficiência operacional também deve melhorar.

Outro benefício esperado é a diminuição da inadimplência. Com pagamentos automatizados e agendáveis até nos fins de semana, espera-se mais regularidade nas transações.

Impactos no sistema financeiro

Segundo o especialista João Fraga, CEO da techfin Paag, a modalidade representa uma evolução no sistema financeiro nacional. Ele destaca que o Pix automático traz mais segurança, agilidade e conveniência para consumidores e empresas.

“Essa inovação permitirá que os clientes configurem pagamentos de forma simples, com monitoramento e padronização das operações. A velocidade e a confiabilidade tornam o recurso um diferencial competitivo”, afirma.

Além disso, as instituições financeiras deverão reforçar os mecanismos de proteção ao usuário. A segurança continuará sendo prioridade, especialmente com o crescimento do uso de plataformas digitais. Para Fraga, o investimento em tecnologias de monitoramento e conformidade regulatória será decisivo para o sucesso da nova funcionalidade.

Nova etapa nos meios de pagamento

Por fim, o Pix automático chega para simplificar o cotidiano dos brasileiros. Sua implementação marca uma nova fase no ecossistema de pagamentos. O foco está em agilidade, controle e adaptação às demandas digitais dos consumidores.

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