Educação

UNB volta a suspender youtuber acusado de gravar aulas e promover comentários de ódio

Wilker Leão foi suspenso por mais 60 dias, conforme despacho assinado pela reitora da instituição

UNB volta a suspender youtuber acusado de gravar aulas e promover comentários de ódio
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O inluenciador Wilker Leão – Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A Universidade de Brasília suspendeu, novamente, por mais 60 dias, o estudante Wilker Leão, que vem sendo acusado de gravar conteúdos das aulas e promover comentários de ódio ao alegar que os conteúdos eram ‘doutrinação de esquerda’.

O influenciador segue proibido de frequentar as aulas e as dependências da instituição.

Em novo despacho, assinado na quinta-feira 29, a reitora da instituição, Rozana Reigota Naves, citou que, mesmo após o afastamento, o discente manteve condutas “hostis e provocativas”, inclusive convocando manifestações que provocaram transtornos às atividades universitárias. Ela também citou que essas situações estão evidentes em vídeos publicados nas redes sociais.

“Dessa forma, verifica-se que as reiteradas condutas ilegais do discente continuam a expor a comunidade universitária a riscos inaceitáveis. Ademais, conforme relatado no requerimento ora apresentado, eventual retorno do discente inviabilizaria o regular andamento da disciplina, gerando sérios abalos psicológicos em docentes e discentes”, diz a reitora, na nova decisão. Leão tem o prazo de dez dias para apresentar defesa escrita.

A universidade suspendeu o estudante, pela primeira vez, em dezembro do ano passado, pelo período de 60 dias. De acordo com a universidade, a decisão foi fundamentada na legislação da instituição “e nos princípios da legalidade, da proteção da comunidade acadêmica e do regular andamento processual”. Em março, o influenciador foi suspenso, novamente, pelo mesmo período.

A universidade passou a apurar a conduta de Wilker depois que professores e estudantes acusaram o youtuber de gravá-los sem autorização e de promover comentários ofensivos junto à sua base de seguidores nas redes sociais, que já passava dos 800 mil no fim do ano passado.

Colegas e professores relatam que os vídeos do youtuber são editados e as falas são distorcidas. Uma professora da universidade chegou a registrar um boletim de ocorrência contra o estudante por difamação. A docente disse em depoimento que foi chamada de “autoritária”.

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