Economia

Galípolo contraria expectativa do governo e faz apelo por aprovação da PEC da autonomia do BC

A proposta está paralisada na CCJ do Senado desde 2023. O tema foi mencionado pelo presidente da entidade monetária em um encontro com senadores na manhã desta terça

Galípolo contraria expectativa do governo e faz apelo por aprovação da PEC da autonomia do BC
Galípolo contraria expectativa do governo e faz apelo por aprovação da PEC da autonomia do BC
O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo. Foto: Evaristo Sa/AFP
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O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, fez um apelo nesta terça-feira 27 a senadores pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que dá autonomia financeira à entidade. Ele promoveu um café da manhã com senadores e senadoras, líderes de seus blocos e partidos. 

Participaram do encontro Carlos Portinho (PL-RJ), Dr. Hiran (PP-RR), Eliziane Gama (PSD-MA), Jaques Wagner (PT-BA), Leila Barros (PDT-DF), Omar Aziz (PSD-AM), Wellington Fagundes (PL-MT) e Weverton (PDT-MA).

Aos senadores, Galípolo disse que a aprovação da PEC é de suma importância para o BC gerir seus próprios recursos. Na prática, o texto permite que o Banco Central contrate pessoal e defina planos de carreiras e salários, sem a anuência do governo federal. O texto também permite que o BC possa controlar todo o dinheiro que entra e sai da entidade – tornando a entidade monetária uma empresa pública.

O governo Lula (PT) é contra a medida. No final de 2024, a oposição governista ao texto era maior, já que o então presidente do BC, Roberto Campos Neto, trabalhava nos bastidores pela aprovação da proposta. À época, Campos Neto havia se encontrado com Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Davi Alcolumbre (União-AP) – ex e atual presidente do Senado – algumas vezes para discutir o assunto.

Com a troca da presidência do BC, o governo tinha a expectativa de que Galípolo se posicionasse contra a proposta e ajudasse a enterrar de vez o texto. O encontro desta terça, no entanto, mostrou que essa avaliação estava errada.

O texto está parado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado desde 2023, sob relatoria de Plínio Valério (PSDB-AM). A última vez que andou foi em julho de 2024, quando um pedido de vista foi concedido aos membros do colegiado. 

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