Política

Advogado diz que pedirá prisão domiciliar para Zambelli por razões de saúde

A deputada afirmou que não teria condições de cumprir a pena por considerar que o sistema penitenciário brasileiro não cuidaria dela da forma correta

Advogado diz que pedirá prisão domiciliar para Zambelli por razões de saúde
Advogado diz que pedirá prisão domiciliar para Zambelli por razões de saúde
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Foto: Myke Sena/Câmara dos Deputados
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O advogado Daniel Bialski, que representa a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), afirmou nesta sexta-feira 16 que pedirá ao Supremo Tribunal Federal prisão domiciliar para sua cliente. Por unanimidade, ela foi condenada a 10 anos de detenção pela Primeira Turma da Corte no caso da invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça.

Nesta quinta-feira, Zambelli apelou à Câmara para reverter a sentença e disse que não teria condições de cumprir a pena por considerar que o sistema penitenciário brasileiro não cuidaria dela da forma correta. Disse também sofrer de depressão, síndrome da taquicardia postural ortostática, que provoca tontura e aumento da frequência cardíaca ao levantar, e síndrome de Ehlers-Danlos.

Em entrevista à GloboNews, Bialski afirmou que aguardará os relatórios médicos para pedir a domiciliar ao Supremo. “Vou requerer, que, diante da condição de saúde e da necessidade de um tratamento adequado, seja possibilitado — como em outros casos — que ela cumpra essa pena em prisão domiciliar. Porque, efetivamente, não é alguém que represente risco.”

O defensor também negou qualquer envolvimento de Zambelli com o esquema investigado e prometeu contestar a condenação. A deputada foi condenada também à perda de mandato por falsidade ideológica.

Ela foi acusada de ser a mentora intelectual de um ataque cibernético a dispositivos informáticos do CNJ em parceria com o hacker Walter Delgatti Netto, sentenciado a oito anos de prisão. Uma das ações da dupla seria a inserção, no Banco Nacional de Mandados de Prisão, de um falso mandado contra o ministro Alexandre de Moraes.

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