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EUA e Irã realizarão nova rodada de negociações no domingo

Os dois países, que estão em conflito há quatro décadas e não têm relações diplomáticas

EUA e Irã realizarão nova rodada de negociações no domingo
EUA e Irã realizarão nova rodada de negociações no domingo
O presidente Donald Trump e o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio Steve Witkoff. Foto: Jim Watson/AFP
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Os Estados Unidos e o Irã realizarão uma nova rodada de negociações sobre o programa nuclear de Teerã em Omã no domingo 11, pouco antes de uma visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à região, disse uma autoridade americana nesta sexta-feira 9.

Os dois países, que estão em conflito há quatro décadas e não têm relações diplomáticas, iniciaram negociações com a mediação de Omã em 12 de abril.

Estas são as primeiras negociações desse tipo desde que Washington se retirou, em 2018, durante o primeiro mandato do presidente americano Donald Trump (2017-2021), do acordo internacional firmado três anos antes entre Teerã e as principais potências para supervisionar o programa nuclear do Irã em troca do levantamento das sanções.

“O enviado especial Steve Witkoff deve viajar para Omã no domingo para uma quarta rodada de negociações com o Irã”, disse uma autoridade americana, que pediu anonimato. “Como no passado, estamos ansiosos por discussões diretas e indiretas”, acrescentou.

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, confirmou essas conversas em um vídeo divulgado pela mídia local.

“Nossos amigos de Omã sugeriram domingo como data e nós concordamos”, disse ele.

“As negociações avançam e, naturalmente, quanto mais avançamos, mais consultas e revisões precisamos, e mais tempo as delegações precisam para avaliar as questões levantadas”, observou o ministro.

O vice-presidente americano, JD Vance, disse na quarta-feira que essas negociações estão “no caminho certo”.

Atualmente, o Irã enriquece urânio a 60%, bem acima do limite de 3,67% estabelecido pelo acordo de 2015. Um nível de 90% é necessário para uso militar.

Suas reservas de material físsil são motivo de preocupação para as potências ocidentais.

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