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Trama golpista: STF já tem data para ouvir testemunhas de acusação e defesa; veja os destaques
Os depoimentos devem começar no dia 19 de maio e estão programados para durar até pelo menos o início de junho
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, agendou os depoimentos das testemunhas de acusação, listadas pela Procuradoria-Geral da República, e também as indicadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros réus na ação penal sobre a tentativa de golpe em 2022.
Os depoimentos devem começar no dia 19 de maio e estão programados para durar até pelo menos o início de junho. Ao todo, 82 pessoas serão ser ouvidas. Moraes organizou as datas a partir da indicação da PGR, ou de cada réu. Em alguns casos, há a previsão de dez pessoas serem ouvidas no mesmo dia. Em outros, as audiências ocorrerão em dois turnos, um deles começando às 8h e outro às 14h.
Entre os indicados pela acusação estão Éder Lindsay Balbino, dono de uma empresa que teria auxiliado na produção de um material com suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas; e Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor que teria elaborado planilhas que supostamente foram utilizadas por Anderson Torres para mapear a movimentação de eleitores no segundo turno das eleições de 2022.
Também estão listados os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos Almeida Baptista Junior (Aeronáutica) e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Os dois primeiros relataram à Polícia Federal que Bolsonaro apresentou a eles proposta para reverter o resultado das eleições.
No dia 22 de maio, estão previstas as testemunhas apontadas por Cid, que fechou um acordo de delação premiada. Uma delas é o ex-comandante do Exército Júlio Cesar de Arruda, que comandou o cargo nos primeiros meses do governo Lula (PT). No dia seguinte, serão ouvidas as testemunhas de defesa arroladas pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e pelo ex-ministro Walter Braga Netto.
Entre os nomes que serão ouvidos, há também ex-ministros e aliados de primeiro escalão do governo Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, Paulo Guedes e os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Marinho (PL-RN).
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