Sociedade

Brasil avança cinco posições no ranking da ONU sobre Desenvolvimento Humano

País tem melhora na renda e na saúde, mas enfrenta desigualdades internas e problemas no acesso à educação

Brasil avança cinco posições no ranking da ONU sobre Desenvolvimento Humano
Brasil avança cinco posições no ranking da ONU sobre Desenvolvimento Humano
Movimentação de pessoas nas ruas do centro de SP. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O Brasil melhorou a sua  posição no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta terça-feira 6 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNDU). O País subiu cinco posições, saindo da 89ª para a 84ª colocação entre 193 nações avaliadas. 

De acordo com o relatório, que tomou como base dados referentes a 2023, a principal melhora do IDH do Brasil se deve ao aumento da renda nacional bruta per capita da população. A organização também apontou que o Brasil avançou nos seus indicadores de saúde, já que a expectativa de vida voltou a crescer depois da pandemia de Covid-19.

Atualmente, o IDH do Brasil está em 0,786, em uma escala que vai de 0 a 1. Antes, o IDH estava em 0,760. Esse indicador usado pela ONU mensura o progresso dos países, tendo três eixos centrais: a expectativa de vida, a renda per capita e o acesso à educação.

Se os dois primeiros tiveram avanço no Brasil, o mesmo não se pode dizer sobre a educação. Segundo a ONU, os alunos brasileiros têm, em média, um tempo de estudo considerado baixo para os padrões de um país de IDH alto. Isso se deve às dificuldades de acesso ao ensino.

A ONU também chamou a atenção para um problema histórico do Brasil: as suas profundas desigualdades regionais. Apesar do IDH médio ser alto, o caso brasileiro é emblemático, já que o índice varia bastante entre as regiões do País. Municípios das regiões Sul e Sudeste têm, normalmente, acesso à saúde, educação e renda mais amplo dos municípios situados no Norte e no Nordeste. Um problema que se arrasta há muitas décadas.

Na comparação com o restante da América Latina, o Brasil, apesar de ser a principal economia da região, está atrás de países como o Chile (IDH 0,855), a Argentina (IDH 0,849) e o Uruguai (IDH 0,809), mas está melhor posicionado em relação ao Paraguai (IDH 0,728), a Bolívia (IDH 0,693) e a Venezuela (IDH 0,691).

No plano global, os países com os melhores índices são: Islândia (0,972), Noruega (0,970), Suíça (0,970), Dinamarca (0,962) e Alemanha (0,959).

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