Mundo
Presidente interino renuncia e Coreia do Sul redobra turbulência política
Eleição presidencial no país asiático está marcada para junho, mas Suprema Corte colocou dúvidas sobre elegibilidade do principal nome da oposição


O presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck-soo, renunciou ao cargo nesta quinta-feira 1, dizendo que precisava assumir “responsabilidades maiores”. Ainda assim, ele deve concorrer na eleição presidencial do país asiático, marcada para o dia 3 de junho.
A saída acontece em meio à forte instabilidade política na Coreia do Sul. No final do ano passado, o ex-presidente Yoon Suk Yeol chegou a decretar uma lei marcial no país, dizendo que a oposição estaria tentando inviabilizar o seu governo. Acusado de insurreição, Yeol está sob a mira da Justiça.
Dada a saída, a expectativa é que Han Duck-soo lance a sua candidatura ainda nesta semana. Da ala conservadora do país, ele era primeiro-ministro de Yoon.
A saída do presidente interino abriu as portas para que o atual ministro das Finanças da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, assuma o cargo até as eleições.
Olhando para o futuro, nem mesmo a esperada eleição está imune à incerteza. Isso acontece pelo fato de que quem se apresenta como o principal adversário de Yoon é Lee Jae-myung, o principal nome da oposição no país.
Só que a Suprema Corte da Coreia do Sul decidiu, também nesta quinta-feira 1, anular uma decisão que tinha inocentado Lee por declarações falsas na sua candidatura presidencial anterior, em 2022. Agora, a sua elegibilidade está em risco. Ainda não se sabe se ele vai apelar da decisão.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.