Política

Erika Hilton aciona ONU contra governo Trump por transfobia em emissão de visto

Denúncia ocorre após a deputada federal ter seu visto americano emitido com o campo gênero preenchido como ‘masculino’

Erika Hilton aciona ONU contra governo Trump por transfobia em emissão de visto
Erika Hilton aciona ONU contra governo Trump por transfobia em emissão de visto
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e outras 150 entidades e parlamentares denunciaram formalmente o governo de Donald Trump ao Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos pelas medidas transfóbicas que passam a reconhecer apenas o gênero designado ao nascer em documentos oficiais para estadunidenses e estrangeiros.

Neste mês, o País emitiu um visto em que a parlamentar é identificada pelo gênero masculino. A deputada cancelou uma viagem que faria aos Estados Unidos para participar de um painel no Brazil Conference, evento organizado pela comunidade brasileira de estudantes de Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Logo ao assumir seu segundo mandato, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva reconhecendo apenas os gêneros feminino e masculino como existentes, destacando que estes seriam os designados ao nascimento, impossibilitando retificações em documentos.

No documento enviado, figuram outros parlamentares brasileiros e estrangeiros LGBTs, como o senador Fabiano Contarato (PT-ES) e Emilia Schneider, a primeira parlamentar trans eleita no Chile. O grupo também ingressou com uma solicitação de medidas cautelas à Comissão Interamericana de Direitos Humanos para que seja feita a correção imediata do visto diplomático concedido à Erika.

A denúncia acusa o governo dos Estados Unidos de violar direitos humanos ao modificar arbitrariamente a marcação de gênero de pessoas trans que constam em documentos oficiais de outros países.

Para Erika, o ato do governo americano de negar seus documentos oficiais “desrespeita sua condição de parlamentar, no exercício diplomático de suas atividades políticas, e sua identidade como mulher trans negra, além de agravar sua exposição à discriminação institucional e à violência transfóbica.”

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