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Estudante morta na França recebeu 57 facadas

O jovem autor do crime era ‘extremamente solitário’ e fascinado por Hitler, informou o MP. Investigadores ainda não conseguiram explicar as motivações

Estudante morta na França recebeu 57 facadas
Estudante morta na França recebeu 57 facadas
Ataque com faca deixa uma aluna morta e três feridos em escola na França, em 24 de abril de 2025. Foto: Loic Venance/AFP
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A estudante do ensino médio que morreu na quinta-feira 24 em um ataque de faca por outro aluno em uma escola particular em Nantes, oeste da França, foi esfaqueada 57 vezes, informou o Ministério Público nesta sexta-feira 25.

O promotor de Nantes Antoine Leroy também forneceu mais detalhes sobre o agressor, que feriu outros três estudantes e foi detido após o ataque.

O jovem era “extremamente solitário” e fascinado por Hitler. No entanto, os investigadores ainda não conseguiram explicar definitivamente as motivações do ataque.

O ataque ocorreu por volta das 12h30 do horário local (7h30 de Brasília) na escola Notre Dame de Toutes Aides. Gerou grande comoção na França, onde ataques dentro ou perto de escolas perpetrados por adolescentes armados com facas se tornaram comuns nos últimos anos.

“As pessoas o conheciam como um depressivo; ele dizia que adorava Hitler”, disse uma aluna da escola à AFP.

Leroy confirmou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira que o agressor tinha “claras tendências suicidas”.

A adolescente que morreu sofreu “57 facadas, principalmente na parte superior do corpo, no crânio e na garganta”, acrescentou, citando os resultados da autópsia.

“Do jeito que as coisas estão, não há fatores desencadeantes que nos ajudem a compreender” essa tragédia, ele explicou. No entanto, a motivação de “uma possível relação afetiva com a jovem que ele matou” foi descartada, afirmou.

Pouco antes de atacar seus colegas, o agressor enviou um e-mail confuso, ao qual a AFP teve acesso.

Na mensagem, ele falou sobre “a globalização [que] transformou o nosso sistema em uma máquina de decomposição humana” e pediu uma “revolta biológica” para que “o equilíbrio natural, por mais cruel que seja”, possa recuperar “seu lugar” diante do “ecocídio globalizado”.

Alunos da escola prestaram homenagem às vítimas nesta sexta-feira colocando flores na entrada da escola.

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