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Trump critica Zelensky por declarações ‘inflamatórias’ que prejudicam diálogos de paz

O presidente da Ucrânia afirmou que ceder a Crimeia à Rússia violaria a Constituição

Trump critica Zelensky por declarações ‘inflamatórias’ que prejudicam diálogos de paz
Trump critica Zelensky por declarações ‘inflamatórias’ que prejudicam diálogos de paz
Zelensky e Trump durante um bate-boca em reunião tensa no Salão Oval da Casa Branca. Foto: SAUL LOEB / AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta quarta-feira 23 o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por fazer declarações “inflamatórias” sobre a anexação da Crimeia que, segundo ele, prejudicam as negociações para uma trégua com a Rússia.

“Declarações inflamatórias como as de Zelensky são o que dificultam a resolução desta guerra”, escreveu Trump em sua rede Truth Social, depois que o líder ucraniano disse em uma entrevista que seu país não reconhecerá a soberania russa sobre a Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

“Estamos muito perto de um acordo, mas o homem ‘sem cartas’ (na manga) deve fazê-lo”, acrescentou Trump.

As tensões aumentaram depois que a imprensa americana relatou que Trump estava pronto para reconhecer a anexação da Crimeia como território russo e depois que o vice-presidente J. D. Vance afirmou que a troca de terras era essencial para se chegar a um acordo.

Trump mencionou os comentários de Zelensky a uma entrevista publicada pelo The Wall Street Journal nesta quarta-feira, na qual o ucraniano afirmou que ceder a Crimeia violaria a Constituição da Ucrânia.

“A Ucrânia não reconhecerá legalmente a ocupação da Crimeia”, disse Zelensky, segundo o jornal. “Não há nada para falar.”

Trump confrontou o presidente ucraniano.

“Essa declaração é muito prejudicial às negociações de paz com a Rússia”, disse Trump. Se a Ucrânia “quer a Crimeia, por que não lutou por ela onze anos atrás, quando ela foi entregue à Rússia sem que um tiro fosse disparado?”, perguntou.

Para o presidente, as declarações de Zelensky “só prolongarão ‘o campo da morte’ e ninguém quer isso”.

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