Mundo

‘Deveriam parar de ameaçar e chantagear’: o novo recado da China contra o tarifaço de Trump

O país não cedeu às pressões dos americanos e, em resposta, também anunciou taxas para importação de produtos vindos dos EUA

‘Deveriam parar de ameaçar e chantagear’: o novo recado da China contra o tarifaço de Trump
‘Deveriam parar de ameaçar e chantagear’: o novo recado da China contra o tarifaço de Trump
Donald Trump e Xi Jinping Foto: Mandel NGAN e Pedro Pardo / AFP
Apoie Siga-nos no

O governo chinês está disposto a negociar com os Estados Unidos em busca de tarifas mais razoáveis para o comércio internacional. Para isso, sugere que a administração de Donald Trump pare de “ameaçar e chantagear” os chineses. Foi o que disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Guo Jiakun, em coletiva nesta quarta-feira 23.

A manifestação ocorre em resposta a um jornalista que mencionou uma declaração de Trump, que afirmou que as tarifas atualmente vigentes, de 145%, são muito altas vão cair ‘substancialmente’. Mas não disse qual será o novo percentual e nem quando a mudança entrará em vigor.

“Nossas portas estão abertas caso os Estados Unidos queiram conversar”, afirmou Jiakun. “Se eles realmente querem uma solução negociada, eles deveriam parar de ameaçar e chantagear a China. Deveriam buscar um diálogo baseado na igualdade, respeito e no benefício mútuo.”

O porta-voz prosseguiu: “Dizer que quer um acordo enquanto faz essa pressão extrema não é o jeito certo de negociar com a China. Isso simplesmente não vai funcionar.”

A China decidiu não baixar a guarda. Desde o início deste novo capítulo da guerra comercial, o país retaliado às altas tarifárias em um mesmo tom. Neste momento, os produtos dos EUA vendidos na China foram sobretaxados em 125%.

“Desde o começo dissemos que não há vencedores em guerras tarifárias. O protecionismo não leva a lugar algum. Essa guerra foi criada pelos Estados Unidos. Nós deixamos claro: a China não deseja a guerra, mas, ao mesmo tempo, não tem medo dela. Vamos lutar, se for preciso”, complementou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo