Mundo

‘A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo’: a mensagem de Lula após a morte do papa

O presidente brasileiro tinha boa relação com o líder argentino da Igreja Católica

‘A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo’: a mensagem de Lula após a morte do papa
‘A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo’: a mensagem de Lula após a morte do papa
Papa Francisco abençoa Lula no Vaticano em 2020 - Foto: Ricardo Stuckert
Apoie Siga-nos no

Em nota publicada pouco depois das 9h desta segunda-feira 21, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do papa Francisco, aos 88 anos.

“A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos”, escreveu Lula.

O líder brasileiro tinha boa relação com o religioso. Os dois estiveram juntos em diversas ocasiões, antes mesmo de o brasileiro retornar ao palácio do Planalto. O papa chegou a dizer que Lula foi preso injustamente.

“Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará”, prosseguiu o presidente ao lamentar a morte.

“Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados”, diz outro trecho da nota.

O presidente decretou luto oficial de sete dias após a morte do pontífice.

A última vez que Lula e Francisco estiveram juntos foi em junho do ano passado, quando o presidente viajou à Itália para o encontro do G7.

A mensagem do presidente brasileiro se soma às manifestações divulgadas por líderes de diferentes partes do mundo.

Confira abaixo a íntegra da nota divulgada pelo presidente Lula sobre a morte do papa Francisco:

A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos.

Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados.

Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito.

Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará.

Que Deus conforte os que hoje, em todos os lugares do mundo, sofrem a dor dessa enorme perda. Em sua memória e em homenagem à sua obra, decreto luto de sete dias no Brasil

O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações.

Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo