Política

Janja defende regulação das redes após morte de criança em ‘desafio do desodorante’

A menina Sarah Raíssa Pereira, de 8 anos, morreu em Ceilândia (DF) no último domingo

Janja defende regulação das redes após morte de criança em ‘desafio do desodorante’
Janja defende regulação das redes após morte de criança em ‘desafio do desodorante’
A primeira-dama Janja Lula da Silva. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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A primeira-dama Ronsângela da Silva, a Janja, pediu ao Congresso que tenha urgência para a aprovação da regulação das redes sociais. A manifestação da socióloga é resposta à morte da menina Sarah Raíssa Pereira, de 8 anos, por inalar desodorante aerossol como parte de “desafio” divulgado pela internet.

A criança foi levada a um hospital de Ceilândia (DF) na última quinta-feira 10, depois de ser encontrada desacordada ao lado de um frasco de desodorante em casa. A morte foi confirmada no domingo 13. Ela sofreu parada cardiorrespiratória.

“Eu queria deixar toda minha solidariedade e carinho à família da Raíssa. Ela merecia crescer, ter uma vida feliz, ser uma mulher feliz. Esse território sem lei das redes sociais infelizmente nos levou a Raíssa. A gente vai continuar trabalhando para que o projeto de regulação das redes seja aprovado com a maior urgência possível“, disse Janja, em postagem no Instagram.

A família de Sarah Raíssa pretende processar a rede social que exibiu o vídeo que a menina assistiu e o fabricante do desodorante. Na postagem que fez sobre o tema, a primeira-dama chama o desafio, que circula em aplicativos como TikTok e Kwai, de “ignorante”.

“A gente precisa pensar e repensar que mundo é esse que a gente está construindo. Que mundo é esse que a gente vai deixar para nossas crianças e adolescentes?”, questionou.

Há relatos de outros episódios idênticos. Em março deste ano, uma menina de 11 anos morreu em condições semelhantes, em Pernambuco. Pelo menos outras três crianças morreram no Brasil em casos parecidos nos anos anteriores.

Desde 2019, a Organização Mundial da Saúde classifica os chamados “jogos perigosos” como um distúrbio comportamental na Classificação Internacional de Doenças. Na avaliação da entidade, esses desafios são caracterizados por “um padrão de jogatina online ou offline que aumenta sensivelmente o risco de consequências prejudiciais à saúde mental ou física”.

“A gente tem uma série de temas importantes, que precisam de votação no Congresso Nacional, mas tem essa que urgente, urgentíssima: a regulamentação das redes sociais. A gente precisa proteger a vida das nossas crianças. As redes sociais precisam de regulamentação, elas não podem ser terra de ninguém”, insistiu a primeira-dama.

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