Política

Urgência da anistia a golpistas: veja a divisão das assinaturas por partidos

Legendas com presença na Esplanada dos Ministérios endossaram a obsessão bolsonarista

Urgência da anistia a golpistas: veja a divisão das assinaturas por partidos
Urgência da anistia a golpistas: veja a divisão das assinaturas por partidos
Reação policial aos ataques de 8 de Janeiro de 2023. Foto: Ton Molina/AFP
Apoie Siga-nos no

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou nesta segunda-feira 14 o requerimento de urgência do projeto de lei que anistia golpistas envolvidos no 8 de Janeiro.

Se a Casa aprovar a urgência, a matéria tramitará com mais velocidade: chegará diretamente ao plenário, sem ter de passar pelas comissões temáticas. Seria uma vitória do bolsonarismo, mas cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidir se pautará o requerimento.

Cinco legendas com ministérios no governo Lula (PT) respondem por 146 das 262 assinaturas reunidas por Sóstenes: União Brasil, PP, PSD, Republicanos e MDB.

Confira a divisão das assinaturas por partido:

  • União Brasil – 40 deputados
  • PP – 35
  • PSD – 23
  • Republicanos – 28
  • MDB – 20
  • PL– 90
  • Avante – 4
  • Podemos – 9
  • PSDB– 5
  • Cidadania – 3
  • Novo – 4
  • PRD– 3

A soma dos signatários chega a 264, mas duas assinaturas foram invalidadas.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o protocolo do requerimento de urgência não garante a tramitação do PL da Anistia. Ele disse haver mais de mil pedidos na fila.

Já o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), divulgou uma nota na qual a bancada declarou ter certeza de que Hugo Motta não levará a urgência ao plenário. “Desde que ele assumiu, só tem pautado em urgência projetos de consenso entre os líderes.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo