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Começa o processo contra a Meta pela compra de Instagram e WhatsApp

Se a gigante das redes sociais perder, pode ser obrigada a separar-se das plataformas

Começa o processo contra a Meta pela compra de Instagram e WhatsApp
Começa o processo contra a Meta pela compra de Instagram e WhatsApp
Mark Zuckerberg, o 'chefão' da Meta. Foto: Drew Angerer/AFP
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A Meta comparecerá a um tribunal de Washington nesta segunda-feira 14, no início de um processo que seu proprietário, Mark Zuckerberg, fez de tudo para evitar. Se a gigante das redes sociais perder, pode ser obrigada a separar-se do Instagram e do WhatsApp. 

A autoridade americana de defesa da concorrência, a FTC (Federal Trade Commission), apresentou uma ação em 2020 acusando a Meta (então Facebook) de comprar a rede social Instagram e o serviço de mensagens WhatsApp para “eliminar as ameaças ao seu monopólio”.

Recentemente, Zuckerberg, que detêm a terceira maior fortuna do mundo, fez várias visitas à Casa Branca para conseguir que o presidente Donald Trump o ajudasse a evitar o julgamento e chegar a um acordo com a FTC.

“Ficaria muito surpreso se algo assim acontecesse”, disse o chefe da FTC, Andrew Ferguson, ao The Verge.

Como parte de seus esforços para evitar o julgamento, Zuckerberg fez doações para a posse de Trump — em 20 de janeiro —, nomeou aliados republicanos para cargos importantes da Meta e flexibilizou normas de moderação de conteúdo.

A demanda contra a Meta é uma das cinco maiores ações legais contra os gigantes tecnológicos nos Estados Unidos.

Ao longo de oito semanas de processo, a FTC deve provar que a Meta abusou de sua posição dominante para comprar o Instagram em 2012 por um bilhão de dólares (5,87 bilhões de reais) e o WhatsApp por 19 bilhões (111 bilhões de reais) em 2014.

Para a FTC, “durante mais de uma década, a Meta manteve nos Estados Unidos um monopólio nos serviços de redes sociais”, que permite que as pessoas entrem em contato com suas famílias e amigos.

Segundo a reguladora, outras grandes plataformas como YouTube e TikTok não estão na mesma categoria.

A Meta, com sede em Menlo Park, Califórnia, nega. “A ideia de que esses serviços diferem em certos aspectos dos aplicativos da Meta só demonstra que seus concorrentes próximos inovam com ferramentas e funções para ganhar minutos de atenção dos usuários”, argumenta a defesa.

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