Mundo

Inflação na Argentina dispara a 3,7% em março, a maior em 8 meses

O mercado projetava uma elevação menos expressiva, entre 2,4% e 2,8%

Inflação na Argentina dispara a 3,7% em março, a maior em 8 meses
Inflação na Argentina dispara a 3,7% em março, a maior em 8 meses
O presidente da Argentina, Javier Milei, na posse de Donald Trump, em 20 de janeiro de 2025. Foto: Shawn Thew/Pool/AFP
Apoie Siga-nos no

A Argentina registrou uma inflação de 3,7% em março, informou nesta sexta-feira 11 o Instituto Nacional de Estatística e Censos, o Indec. É o maior índice desde agosto de 2024, quando chegou a 4,2%.

No acumulado de 12 meses, os preços ao consumidor subiram 55,9%, enquanto no primeiro trimestre deste ano a alta foi de 8,6%.

O mercado projetava uma elevação menos expressiva em março, entre 2,4% e 2,8%. O grupo de alimentos, porém, disparou 5,9% no mês passado e puxou o índice — o tomate, por exemplo, ficou 105% mais caro, enquanto a alface subiu 73%.

O setor de Educação, com 21,6%, também teve uma forte alta. Já os grupos com menor variação em março foram os de bebidas alcoólicas e tabaco (0,8%) e lazer e cultura (0,2%).

Na quinta-feira 10, a Argentina viveu uma greve geral contra o ajuste fiscal promovido pelo presidente ultraliberal Javier Milei. Estações de trem e metrô ficaram vazias, e mais de 250 voos foram cancelados.

O movimento marca uma reação à deterioração no clima social após dezenas de milhares de demissões e 15 meses consecutivos de queda no consumo durante a presidência de Milei.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo