Economia

Lula sanciona Orçamento de 2025 com 2 vetos e previsão de superávit de R$ 14 bilhões

O texto prevê o salário mínimo de 1.518 reais, o que representa aumento de 2,5% acima da inflação em relação ao ano anterior

Lula sanciona Orçamento de 2025 com 2 vetos e previsão de superávit de R$ 14 bilhões
Lula sanciona Orçamento de 2025 com 2 vetos e previsão de superávit de R$ 14 bilhões
Lula, em Brasília. Foto: EVARISTO SA / AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) sancionou nesta quinta-feira 10, com dois vetos, a Lei Orçamentária Anual para 2025. A peça foi aprovada pelo Congresso Nacional em março, após três meses de atraso.

O texto prevê um superávit primário de 14,5 bilhões de reais, além de salário mínimo de 1.518 reais, o que representa aumento de 2,5% acima da inflação em relação ao ano anterior. Para o programa Bolsa Família estão reservados 158,6 bilhões de reais, além de 113,6 bilhões de reais para Benefícios de Prestação Continuada, o BPC.

Para os vetos, Lula argumentou que o Ministério do Planejamento e Orçamento apontou contrariedade ao interesse público em dois trechos. O primeiro, de 40,2 milhões de reais, cancelou trechos da peça orçamentária que destinavam recursos para locais específicos (como cidades ou estados), incluídos por meio de emendas parlamentares – dinheiro que os deputados e senadores enviam para seus redutos eleitorais.

Essas emendas afetavam despesas discricionárias do Executivo e violavam regras do arcabouço fiscal, diz a justificativa enviada ao Congresso, que ainda pode retomar o dispositivo. Já o segundo veto barrou 2,97 bilhões que seriam usados em empréstimos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, sob alegação de que o valor ultrapassava o limite legal.

O atraso dos parlamentares em votar a LOA 2025 foi causado pelo impasse envolvendo o bloqueio de emendas parlamentares. À época, o Supremo Tribunal Federal havia mandado interromper os repasses até a adoção de novas regras de transparência e rastreabilidade das verbas.

Lula tinha até o dia 15 de abril para sancionar o texto, mas decidiu se antecipar. A peça orçamentária publicada em edição extra do Diário Oficial da União prevê a destinação de 50,4 bilhões de reais para as emendas – 2 bilhões a menos que o montante reservado para este fim no Orçamento de 2024.

As despesas discricionárias (aquelas que o governo pode usar livremente), totalizaram 170,7 bilhões de reais.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo