Política

Hugo Motta indica ao PSOL que vai colocar a cassação de Chiquinho Brazão em pauta

O presidente da Câmara quer dar ao partido uma sinalização de equilíbrio após o caso Glauber Braga

Hugo Motta indica ao PSOL que vai colocar a cassação de Chiquinho Brazão em pauta
Hugo Motta indica ao PSOL que vai colocar a cassação de Chiquinho Brazão em pauta
Deputado federal Chiquinho Brazão. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) avalia colocar em pauta a proposta de cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandates do assassinato da vereadora psolista Marielle Franco, do Rio de Janeiro, em 2018. A informação foi confirmada por CartaCapital com a bancada do PSOL na Câmara, a quem o presidente fez ‘a promessa’.

O processo de cassação de Chiquinho Brazão está aberto há exatamente um ano: desde 10 de abril de 2024. De lá para cá, segue engavetado na Câmara e depende apenas de uma decisão do presidente da Casa para voltar a tramitar. O retorno do processo à pauta, segundo indicou Motta ao partido, pode estar próximo de acontecer.

O eventual avanço do caso do parlamentar acusado de mandar matar a vereadora é tido, em Brasília, como uma espécie de ‘equilíbrio de forças’ diante da repercussão ao ritmo acelerado adotado no processo contra Glauber Braga (PSOL-RJ).

O caso do psolista teve um novo capítulo na quarta-feira 9, quando o Conselho de Ética da Câmara recomendou a cassação do parlamentar. O tema está pronto para ir ao plenário. O deputado iniciou, há mais de 30 horas, uma greve de fome e um acampamento na Câmara em protesto contra o relatório aprovado no colegiado.

Glauber pode perder o mandato após ser acusado de quebra de decoro parlamentar, em ação proposta pelo partido Novo, depois que ele expulsou da Câmara, aos empurrões, um militante do Movimento Brasil Livre, o MBL.

Apesar de ser acusado de um crime muito mais grave, Chiquinho Brazão ainda não foi julgado. O pedido contra ele foi feito pelo próprio PSOL. No Conselho de Ética, a relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES), defendeu a cassação. A leitura, até aqui, é de que ele tem sido beneficiado pelo vasto apoio político angariado ao longo dos últimos anos como membro de peso do chamado Centrão.

O deputado Chiquinho Brazão foi preso em 24 de março do ano passado, mas segue com mandato (e, consequentemente, recebendo salários). O irmão dele, Domingos Brazão (conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro) e o delegado Rivaldo Barbosa, da Polícia Civil do Rio, também são acusados de serem os mandantes do crime contra Marielle, que vitimou também o motorista Anderson Gomes.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo