Política

Lula diz que União Brasil tem o direito de indicar o ministro das Comunicações

O presidente reforçou o favoritismo do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (MA) para assumir a pasta

Lula diz que União Brasil tem o direito de indicar o ministro das Comunicações
Lula diz que União Brasil tem o direito de indicar o ministro das Comunicações
O presidente Lula na cúpula da Celac, em Honduras, em 9 de abril de 2025. Foto: Stringer/AFP
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O presidente Lula (PT) afirmou, nesta quarta-feira 9, que o União Brasil tem o direito de indicar o sucessor de Juscelino Filho, demitido do Ministério das Comunicações após ser alvo de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República.

Em entrevista em Tegucigalpa, Honduras, onde participa da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, Lula também reforçou o favoritismo do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (MA) para assumir a pasta.

“O União Brasil tem o direito de me indicar um sucessor para o Juscelino, que é do União Brasil. Eu já tenho um nome, conheço o Pedro Lucas. Amanhã de manhã vou conversar com o União Brasil e, se for o caso, a gente discute a nomeação dele”, disse o petista.

Lula também declarou que a queda de Juscelino não antecipa uma reforma ministerial. “Qualquer decisão do governo é uma decisão unilateral do presidente da República. A não ser que um partido que tenha um ministro queira tirar um ministro.”

Líder da bancada do União na Câmara, Pedro Lucas Fernandes tem 45 anos e está em seu segundo mandato de deputado federal. Formado em administração, foi vereador de São Luís entre 2013 e 2019, além de já ter comandado a Agência Executiva Metropolitana, autarquia responsável pela gestão da região metropolitana da capital maranhaense. Antes de entrar no União, esteve no PTB.

Ele deve chegar à Esplanada dos Ministérios após a Procuradoria-Geral da República denunciar Juscelino Filho em um inquérito sobre suposto desvio de emendas no tempo em que ele exercia o mandato de deputado federal. A investigação é sigilosa e tramita no Supremo Tribunal Federal, sob a relatoria do ministro Flávio Dino. O ex-ministro nega a acusação.

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