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Supremo dos EUA suspende ordem de reincorporar funcionários federais demitidos por Trump

Por 7 a 2, o tribunal concluiu que a ordem do juiz ‘se baseou unicamente nas alegações das nove organizações sem fins lucrativos’

Supremo dos EUA suspende ordem de reincorporar funcionários federais demitidos por Trump
Supremo dos EUA suspende ordem de reincorporar funcionários federais demitidos por Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Saul Loeb/AFP
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A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou, nesta terça-feira 8, a ordem de um tribunal inferior, que obrigava o governo do presidente Donald Trump a reincorporar milhares de trabalhadores federais demitidos durante o período de experiência.

A mais alta corte do país, de maioria conservadora, entendeu que as organizações sem fins lucrativos que apresentaram a ação para suspender as demissões em massa não tinham legitimidade para fazê-lo.

No mês passado, o juiz William Alsup, da Califórnia, determinou que seis agências federais recontratassem 16 mil trabalhadores em período de experiência, que foram demitidos como parte da iniciativa do presidente Trump para reduzir o tamanho do Estado.

Alsup afirmou que a justificativa de “baixo rendimento” para as demissões em massa era uma “farsa” e ordenou que os departamentos do Tesouro, de Assuntos dos Veteranos, da Agricultura, Defesa, Energia e do Interior reincorporassem os funcionários em período de teste demitidos.

Em uma vitória temporária para o governo Trump, a Suprema Corte bloqueou a ordem de Alsup enquanto continua o litígio sobre o caso.

Por 7 a 2, o tribunal concluiu que a ordem do juiz “se baseou unicamente nas alegações das nove organizações sem fins lucrativos demandantes neste caso”.

“No entanto, segundo a legislação vigente, tais alegações são atualmente insuficientes para respaldar a legitimação das organizações”, declarou.

Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Trump lançou uma ofensiva contra o governo americano, cortando programas de gastos e demitindo dezenas de milhares dos mais de dois milhões de funcionários federais.

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