Economia

Tarifas sobre veículos dos EUA entram em vigor nesta quarta, anuncia o Canadá

A taxa valerá para aproximadamente 10% de todos os carros enviados pelos norte-americanos

Tarifas sobre veículos dos EUA entram em vigor nesta quarta, anuncia o Canadá
Tarifas sobre veículos dos EUA entram em vigor nesta quarta, anuncia o Canadá
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, e o presidente dos EUA, Donald Trump. Fotos: Dave Chan e Mandel Ngan/AFP
Apoie Siga-nos no

O Canadá anunciou que começará a impor na quarta-feira 9 uma tarifa de 25% sobre as importações de determinados veículos dos Estados Unidos, uma medida de retaliação às tarifas do presidente Donald Trump sobre carros fabricados no exterior.

O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, anunciou essa medida em 3 de abril, horas depois que os Estados Unidos impuseram sua tarifa de mesmo valor, mas não havia detalhado uma data de aplicação.

“O Canadá continua a responder energicamente a todas as tarifas injustificadas e irracionais”, disse em um comunicado, nesta terça-feira 8, o ministro das Finanças, Francois-Philippe Champagne.

A tarifa entrará em vigor um minuto após a meia-noite e será aplicada a aproximadamente 10% de todos os carros enviados dos Estados Unidos.

Na semana passada, Carney explicou que a sobretaxa canadense seria dirigida a “todos os veículos importados dos Estados Unidos que não cumpram” os termos do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC), que ambos os países compartilham com o México.

A taxa afeta importações de veículos americanos avaliadas em 25,5 bilhões de dólares (151 bilhões de reais), segundo o gabinete do primeiro-ministro.

As tarifas canadenses afetarão os carros e caminhonetes fabricadas com menos de 75% de peças norte-americanas, ou seja, cerca de 10% de todos os veículos enviados dos Estados Unidos ao Canadá, o que representa aproximadamente 67 mil unidades por ano.

O Canadá se livrou da bateria de tarifas anunciadas na semana passada por Trump contra quase todos os países do mundo, que agora estão sujeitos a uma taxa de no mínimo 10% sobre todas as vendas aos Estados Unidos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo