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Após discussão entre Zelensky e Trump, Ucrânia fará nova tentativa de acordo sobre minerais com os EUA

Uma delação de representantes do país será enviada a Washington nesta semana, confirmou Kiev

Após discussão entre Zelensky e Trump, Ucrânia fará nova tentativa de acordo sobre minerais com os EUA
Após discussão entre Zelensky e Trump, Ucrânia fará nova tentativa de acordo sobre minerais com os EUA
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos EUA, Donald Trump. Foto: Saul Loeb/AFP
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A Ucrânia enviará uma delegação a Washington “esta semana” para discutir o acordo sobre minerais estratégicos, aos quais os Estados Unidos buscam preferência de acesso em troca da ajuda fornecida a Kiev contra a Rússia, anunciou o governo ucraniano nesta segunda-feira 7.

A primeira tentativa de acordo ocorreu no tenso encontro entre Volodymyr Zelensky e Donald Trump na Casa Branca. Naquela ocasião, após bate-boca entre os presidentes, o ucraniano deixou o local sem assinar a parceria com os norte-americanos.

Se naquela altura a negociação era dada como encerrada, faltando apenas as assinaturas dos envolvidos, os termos agora passarão por uma revisão, conforme indicou o governo da Ucrânia.

A nova missão da equipe ucraniana, segundo o comunicado, será “avançar nas negociações” sobre este documento “estratégico” e incluirá representantes dos “ministérios da Economia, Relações Exteriores, Justiça e Finanças”. Os detalhes foram expostos pela vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, no X.

O diálogo entre a Ucrânia e os Estados Unidos sobre este texto reflete o “compromisso em comum de construir uma parceria forte e transparente”, afirmou Svyrydenko, apesar de vários meios de comunicação e deputados ucranianos descreverem a nova versão do documento como altamente desvantajosa para Kiev.

A Ucrânia recebeu uma nova versão do texto no final de março. Após enviar o documento, Trump alertou Zelensky de que ele teria “grandes problemas” se rejeitasse o texto.

O presidente republicano reivindica este acordo como contraprestação pela ajuda militar e econômica fornecida à Ucrânia por seu antecessor, Joe Biden, desde o início da invasão russa, há três anos.

Kiev insiste que o documento deve incluir garantias de segurança dos Estados Unidos para evitar futuros ataques russos a Ucrânia. Segundo a imprensa, a nova versão do documento não menciona tais garantias.

Preocupadas em preservar a ajuda militar de Washington, apesar da reaproximação de Donald Trump com a Rússia, autoridades ucranianas se abstiveram de criticar o novo texto publicamente.

(Com informações de AFP)

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