Mundo
Governo Trump anuncia que vai revisar financiamento de Harvard
O presidente republicano lançou uma cruzada contra as universidades americanas com cortes no financiamento federal


O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira 31 que vai revisar o financiamento de US$ 9 bilhões (cerca de R$ 54 bilhões) destinado à Universidade de Harvard, devido a alegações de antissemitismo no campus, seguindo os cortes anunciados para a Universidade de Columbia.
O presidente Donald Trump lançou uma cruzada contra as universidades americanas – em cujos campi ocorreram protestos contra o conflito na Faixa de Gaza –, com cortes no financiamento federal e a deportação de estudantes estrangeiros que participaram de manifestações.
Estão em jogo US$ 255,6 milhões em contratos entre a Harvard e o governo, e US$ 8,7 bilhões em compromissos de subsídios plurianuais à renomada instituição da Ivy League, informou a Administração de Serviços Gerais.
Os críticos veem as medidas do governo como uma tentativa de restringir a liberdade de expressão e protesto, enquanto seus defensores argumentam que elas são necessárias para restaurar a ordem nos campi e proteger os estudantes judeus.
Para a secretária de Educação, Linda McMahon, “o fracasso de Harvard em proteger os alunos da discriminação antissemita colocou a sua reputação em grave risco. A universidade pode corrigir esses erros e voltar a ser um campus dedicado à excelência acadêmica e à busca da verdade, onde todos os estudantes se sintam seguros.”
No mês passado, Harvard foi incluída em uma lista de 10 universidades que um grupo de trabalho sobre antissemitismo criado pelo governo Trump submeteria a um escrutínio.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.