Entrevistas
Tarcísio tenta ser palatável, mas tem projeto de destruição, diz Guilherme Cortez
Em entrevista a ‘CartaCapital’, o deputado paulista avalia a primeira metade do mandato do governador e aponta caminhos para uma atuação mais efetiva da oposição.
Tarcísio de Freitas chega à metade de seu mandato à frente do governo de São Paulo com a promessa de acelerar o programa de privatizações. Nos próximos dois anos, o governador pretende transferir para a iniciativa privada áreas estratégicas como saneamento básico, mobilidade urbana e até parte da educação paulista. Na oposição, o deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL-SP) tem usado o mandato e a Justiça brasileira para tentar conter o ímpeto privatista.
Mesmo em uma Alesp de maioria governista, ele se firmou como uma das vozes mais ativas no enfrentamento ao projeto de Tarcísio. Aos 27 anos, Cortez assumiu em 2025 a liderança da bancada PSOL-Rede, tornando-se o mais jovem líder de bancada da história da Assembleia Legislativa. A promessa é seguir como pedra no sapato do governador.
Em entrevista à CartaCapital, o deputado avalia a primeira metade do governo de Tarcísio, e aponta caminhos para uma atuação mais efetiva da oposição.
“O plano de Tarcísio é de liquidação dos serviços públicos e do patrimônio de São Paulo. Ele quer se construir como uma via mais palatável que o Bolsonaro, que não tenha as mesmas excentricidades para então implementar um projeto de destruição das políticas públicas, não só em São Paulo, mas no Brasil”, destaca.
Confira a conversa na íntegra:
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